Justiça decidirá sobre bloqueio de bens de Renê da Silva Nogueira Júnior (Reprodução/Redes sociais)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu o bloqueio de bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior e de sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira.
A solicitação, concluída nessa segunda-feira (18) pelo promotor Guilherme de Sá Meneghin, busca garantir recursos para futura indenização à família do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, assassinado no dia 11 de agosto no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. O valor solicitado é de R$ 3 milhões.
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Nesta terça-feira (19), Renê confessou ter efetuado os disparos que mataram Laudemir enquanto ele trabalhava na coleta de resíduos. Testemunhas apontaram o empresário como o autor dos tiros, feitos com a arma de fogo registrada em nome de sua esposa, que também responde solidariamente pelo crime, segundo o MP.
O documento destaca que há provas concretas da participação de Renê no assassinato e reforça que a delegada, como proprietária da arma, também tem responsabilidade indenizatória. O promotor argumenta que os dois possuem patrimônio suficiente para reparar os danos.
O crime foi cometido manhã de 11 de agosto, no bairro Vista Alegre. Laudemir estava em serviço quando Renê, motorista de um carro BYD cinza, se irritou alegando que o caminhão de coleta atrapalhava o trânsito. Armado, ele ameaçou a motorista do caminhão e, em seguida, desceu do veículo, recolocou o carregador da pistola que havia caído e atirou contra o gari.
O disparo atingiu a região das costelas da vítima, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Laudemir não resistiu aos ferimentos e morreu. Renê foi preso horas depois em uma academia de luxo, enquanto treinava.
Nessa segunda-feira (18), os advogados de defesa do empresário deixaram o caso.