No verão brasileiro, as praias se tornam um refúgio para aqueles que buscam diversão e relaxamento. No entanto, a presença de caravelas-portuguesas pode transformar esse momento prazeroso em uma experiência dolorosa, como ocorreu com Brenda Gonçalves, de 29 anos, em um balneário no Paraná. As queimaduras causadas por este animal marinho exigem atenção especial.
As caravelas-portuguesas, frequentemente confundidas com águas-vivas, são conhecidas por sua capacidade de causar queimaduras ao liberarem toxinas através de seus tentáculos. Trata-se de uma ocorrência comum em praias durante os meses mais quentes, sendo importante saber como agir adequadamente para reduzir os danos causados por esses organismos.
A jovem relatou que estava no mar, na parte rasa, com a cunhada, quando sentiu o animal encostando nela. Assim que a cunhada percebeu que era uma caravela-portuguesa, saiu correndo.
“Comecei a sentir como se fossem choques na frente das minhas pernas. Fiquei desesperada e saí correndo também. Só que os tentáculos enroscaram ainda mais nas minhas pernas e mãos”, disse ela à Marie Claire.
Depois de sair da água, ela disse que não conseguia parar de gritar de dor, enquanto tentava retirar os tentáculos do animal que estavam grudados na perna dela. “A dor começou a parecer como se tivesse um ferro quente nas minhas pernas e mãos. Ao mesmo tempo, era latejante. A única coisa que eu conseguia fazer era gritar”, relatou.
Ela foi atendida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), que a levou para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde os socorristas jogaram vinagre gelado em cima das queimaduras. “Foram mais de 20 minutos gritando incansavelmente, porque a dor era maior a cada segundo. Eu suplicava para alguém tirar aquilo de mim”.
Depois, recebeu uma injeção de anti-alérgico e outra de analgésico, mas o que parou a dor foi uma dose de tramadol. A mulher, então, tratou as queimaduras com pomadas com antibiótico, as protegeu com faixas e recebeu alta médica.
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Gonçalves, porém, precisou voltar à UPA uma semana depois após uma reação alérgica, que causou muita coceira. O quadro alérgico passou após três dias de uso de corticoides e antialérgicos.
Diferente do que muitos pensam, a caravela-portuguesa não é uma água-viva, mas sim uma colônia de organismos trabalhando juntos. Seus tentáculos podem atingir 10 metros de comprimento e liberar toxinas que causam intensa dor e queimaduras na pele. Os ventos fortes e a água quente da estação ajudam a empurrar essas criaturas para a costa, aumentando os encontros com banhistas.
Ao ser queimado por uma caravela-portuguesa, o primeiro impulso de muitas pessoas é lavar a área afetada com água doce, mas esta ação deve ser evitada. A água doce pode piorar a situação ao ativar mais veneno. Em vez disso, especialistas recomendam os seguintes passos:
É crucial entender que a caravela-portuguesa pode ser perigosa mesmo quando fora da água. Seus tentáculos continuam a liberar veneno, podendo causar queimaduras mesmo na areia. Portanto, deve-se evitar: