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Mulher é indiciada por matar filhos da rival com ovo de Páscoa envenenado

A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito que apura morte de duas crianças por envenenamento em Imperatriz (MA) e indiciou a esteticista Jordélia Pereira Barbosa, 36, por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. 



O crime ocorreu em abril deste ano. Segundo as investigações, ela teria enviado ovos de Páscoa contaminados com “chumbinho” (um veneno clandestino para matar ratos) para a atual namorada de seu ex-marido, Mirian Lira, 32, que acabou dividindo os doces com os filhos Evely, 13, e Luís Fernando, 7. As crianças morreram.

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Crime premeditado

De acordo com o relatório da polícia, Jordélia agiu de forma premeditada. A motivação teria sido vingança contra Mirian, com quem mantinha desavenças após o fim de seu relacionamento com Antônio Alves Barbosa Filho. 

O inquérito aponta que a suspeita viajou cerca de 400 quilômetros, usou um disfarce para se hospedar em Imperatriz e tentou inicialmente envenenar a vítima em seu local de trabalho, um supermercado.

Na primeira tentativa, Jordélia teria fingido ser representante comercial e oferecido uma degustação de chocolates aos operadores de caixa do estabelecimento. 

Como Mirian não participou, ela adotou um novo plano: contratou um motoboy e enviou ovos de Páscoa diretamente para a casa da vítima. O material estava contaminado com veneno.

Encomenda letal

Mirian recebeu os ovos e os dividiu com os filhos. Os dois menores passaram mal após ingerirem os doces e não resistiram. 

Segundo a polícia, embora o alvo inicial fosse apenas Mirian, Jordélia assumiu o risco de matar as crianças ao enviar os chocolates sabendo que elas viviam com a mãe e que havia o hábito de compartilhar alimentos.

O laudo do inquérito destaca que a esteticista agiu com dolo direto em relação à tentativa de matar Mirian e com dolo eventual em relação às mortes de Evely e Luís Fernando. 

Mirian Lira e os filhos envenenados

Prisão mantida

Após o crime, Jordélia deixou o hotel onde estava hospedada e fugiu. Foi presa no dia 17 de abril em Santa Inês (MA). 

No interrogatório, negou a autoria, mas, segundo os investigadores, entrou em contradição e confirmou ter enviado os chocolates para Mirian.

Ana Clara Parreiras

Jornalista formada pelo UniBH, com experiência em comunicação corporativa, social media, marketing e redação. Já atuou na comunicação da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, no marketing do grupo Diários Associados e na redação do Jornal Estado de Minas. Atualmente, é repórter e redatora nos portais Sou BH e Aqui.

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