Desde 20 de setembro de 2024, a funcionária pública Flávia Bicalho, de Nova Lima (MG), acompanha o estado de saúde da filha, Letícia, de 31 anos, que entrou em coma após uma reação adversa a um bloqueio anestésico. O procedimento foi realizado em casa pela médica Natália Peixoto, amiga de infância da paciente.
De acordo com Flávia, o primeiro bloqueio anestésico foi aplicado dentro de um hospital e seguiu os protocolos médicos. Posteriormente, Letícia e Natália decidiram realizar o procedimento na casa da médica.
Na primeira aplicação domiciliar, não houve complicações, mas na segunda, Letícia sofreu convulsões, vomitou, aspirou o próprio vômito e teve uma parada cardiorrespiratória. Após ser reanimada, ela foi intubada e segue internada em coma.
A família registrou uma queixa-crime no Ministério Público de Minas Gerais e uma denúncia no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), solicitando a cassação da licença da médica. A reportagem do VivaBem procurou Natália, que não quis comentar o caso.
Letícia recebia bloqueios anestésicos como alternativa para lidar com dores crônicas. Antes do incidente, um médico havia sugerido uma cirurgia convencional, mas especialistas avaliaram que ela era jovem para um procedimento tão invasivo. Os bloqueios eram recomendados como um tratamento temporário.
A família afirma que o segundo procedimento ocorreu sem o conhecimento dos parentes e que houve demora no socorro à paciente. O caso segue sob investigação.