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Mulher internada após usar Ozempic falso leva polícia a grupo de falsificadores

Operação em SC e GO prende suspeitos de vender medicamentos adulterados

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Operação cumpriu mandados em SC e GO; polícia investiga venda de anabolizantes, abortivos e uso de gráfica para falsificar rótulos

A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu, nesta segunda-feira (26), dois mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra suspeitos de integrar um esquema de falsificação e venda de medicamentos. 

A operação foi realizada em municípios de Santa Catarina e Goiás e teve origem em uma investigação iniciada após o caso de uma mulher internada em estado grave ao aplicar um medicamento adulterado.

A vítima, residente em Santa Catarina, foi hospitalizada em outubro do ano passado, após utilizar uma versão falsificada do Ozempic. Exames apontaram que o frasco continha insulina, e não o princípio ativo do medicamento original. 

Prisões em Santa Catarina e Goiás

Um dos mandados de prisão foi cumprido em Jaraguá do Sul, onde a polícia localizou o suspeito de realizar os envios dos medicamentos falsificados no estado. O outro mandado foi executado em Catalão, em Goiás.

 A polícia também apreendeu materiais usados para adulteração e falsificação, incluindo rótulos, embalagens e medicamentos vencidos.

As investigações indicam que o grupo atuava na falsificação e venda de anabolizantes, remédios abortivos e versões adulteradas de medicamentos como o Ozempic. 

A adulteração incluía o reaproveitamento de produtos fora da validade, a remoção das datas antigas e a aplicação de novas datas, com o apoio de uma gráfica responsável por reproduzir as embalagens de forma semelhante às originais.

Esquema operava pelas redes sociais

De acordo com a Polícia Civil, a comercialização dos medicamentos ocorria principalmente por meio de redes sociais e aplicativos de mensagem. Os preços praticados eram abaixo do mercado, o que facilitava a atração de compradores.

A mulher que usou o frasco adulterado permanece internada e o grupo passou a responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, com base na gravidade das consequências à saúde da vítima.