Rhadarani Domingos, designer de interiores, perdeu a visão após beber caipirinha supostamente adulterada com metanol em bar de São Paulo. Fonte: Reprodução/ TV Globo
Rhadarani Domingos, de 36 anos, perdeu sua visão após a ingestão de uma caipirinha em um bar nobre localizado em São Paulo. A paciente foi internada em estado grave e chegou a ser encaminhada para a UTI, onde convulsões foram registradas e a intubação precisou ser realizada em 21 de setembro.
De acordo com relatos de sua irmã, Lalita Domingos, não havia sido imaginada a hipótese de intoxicação por metanol. No entanto, essa substância, frequentemente utilizada na adulteração de bebidas alcoólicas, tornou-se a principal suspeita. Até o momento, entretanto, exames laboratoriais ainda não confirmaram oficialmente a contaminação.
O caso foi divulgado no último domingo (28) pelo programa Fantástico, em uma reportagem dedicada a investigar a falsificação de bebidas alcoólicas com metanol.
Durante a entrevista, foi relatado por Rhadarani que, no dia 19 de setembro, ingeriu três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodca haviam sido consumidas por ela durante uma festa de aniversário. Segundo sua declaração, nenhuma alteração no sabor das bebidas foi percebida. Porém, poucas horas depois, sintomas graves começaram a ser sentidos, culminando em sua hospitalização.
O episódio de Rhadarani Domingos foi registrado em meio a outros casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas no estado.
Em 23 de agosto, por exemplo, um jovem identificado como Rafael foi intoxicado após a ingestão de doses de gim com energético e gelo saborizado. Desde então, sua internação já ultrapassa 28 dias, sendo constatado coma profundo desde 1º de setembro.
De acordo com sua mãe, a toxicidade já havia sido removida do sangue por meio de tratamento hospitalar. No entanto, os danos irreversíveis provocados pelo metanol afetaram gravemente tanto o cérebro quanto a visão do paciente.
Por consequência, a sequência de casos reforça os riscos do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas e destaca a urgência de medidas de fiscalização mais rigorosas.
Até o momento, três mortes já foram confirmadas na Grande São Paulo em decorrência da contaminação por metanol em bebidas alcoólicas.