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Justiça

Mulher que matou adolescente grávida para roubar bebê será julgada

Caso aconteceu em março; autora vai responder por oito crimes

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Imagem de mulher em depoimento
Autora será submetida à juri popular (Reprodução/TV Globo)

A mulher que matou a adolescente Emilly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, no nono mês de gestação, para roubar o bebê, vai a julgamento. A decisão é da 14ª Vara Criminal de Cuiabá e foi proferida na última sexta-feira (18). A data do julgamento ainda não foi definida.

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Segundo o Ministério Público, Nataly Helen Martins vai responder por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso. O juiz também manteve a prisão preventiva da ré e negou o pedido de exame de sanidade mental, por falta de indícios.

De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nataly matou Emilly por asfixia e agiu de forma premeditada, com crueldade e sem chance de defesa da vítima. Após simular uma gravidez por meses, a acusada pretendia ficar com o bebê. Para enganar familiares ela usou exames falsos e fotos adulteradas.

Como aconteceu o crime?

Em março deste ano, a mulher atraiu a vítima com a promessa de doações para o bebê e a levou até uma casa, em Cuiabá. Lá, ela golpeou a adolescente, abriu seu abdômen enquanto ainda estava viva e a matou. O corpo foi enterrado em uma cova rasa, com sinais de espancamento, e parte da perna exposta.

Nataly tentou registrar o bebê como se tivesse parido em casa e procurou atendimento no Hospital Santa Helena. O comportamento da mulher levantou suspeitas da equipe médica, que acionou a polícia. O recém-nascido foi encaminhado para exames, recebeu alta e está sob os cuidados da avó materna e do pai.

Durante o interrogatório, a autora confessou o crime e afirmou ter agido sozinha.