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Namorada de adolescente que matou família teria planejado ‘Picar, queimar, dar para porcos’

Adolescente de 15 anos teve participação direta no plano de assassinato da família do namorado, aponta PC

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Pai, mãe, irmão e adolescente responsável por mortes
Polícia Civil revela participação ativa da namorada no assassinato de família no estado do Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou novos detalhes sobre o caso do adolescente que matou a própria família em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, no fim de junho. Segundo as investigações, a namorada do jovem de 14 anos chegou a sugerir, em mensagens trocadas antes do crime, que os corpos fossem “picados, queimados ou dados para porcos”.

De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, os diálogos indicam que o crime foi planejado por meses e que a adolescente de 15 anos, moradora de Água Boa (MT), teve participação direta. O casal, que mantinha um relacionamento virtual há cerca de seis anos, trocava mensagens discutindo métodos de execução e ocultação dos corpos.

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Sobre o crime

O crime foi cometido na madrugada de 21 de junho. As vítimas foram mortas a tiros enquanto dormiam. Os corpos foram escondidos em uma cisterna no quintal da residência, e o adolescente tentou simular o desaparecimento da família. Quatro dias depois, procurou a polícia com a avó para registrar o sumiço, mas acabou confessando a autoria após a perícia encontrar os corpos.

Ainda segundo a investigação, o relacionamento era desaprovado pelos pais do menor e vinha sendo motivo de conflito. A jovem, segundo o delegado, pressionava o namorado a “provar seu amor” cometendo os assassinatos. Após o crime, ele teria enviado a ela uma foto das vítimas. Em depoimento, a adolescente alegou ter sido coagida, mas a polícia afirma que há provas do envolvimento ativo dela no plano.

O casal também mencionava nas conversas um jogo virtual de terror, com enredo envolvendo irmãos que matam os pais. Para a polícia, o conteúdo pode ter influenciado os jovens.

A adolescente foi apreendida no Mato Grosso e, segundo os investigadores, não demonstrou arrependimento. Ambos devem responder por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado. O inquérito será enviado ao Ministério Público.