A entrevista de Natália Becker ao programa Fantástico, exibida no último domingo (09 de junho), tem gerado grande repercussão na internet. A influenciadora, acusada de realizar um procedimento estético que resultou na morte de um paciente, foi comparada pelos internautas à entrevista de Suzane Von Richthofen em 2006, devido a várias semelhanças entre os casos.
Comparações com Suzane Von Richthofen
A escolha do vestuário de Natália chamou atenção: um moletom rosa do Mickey, semelhante à roupa usada por Suzane Von Richthofen durante sua polêmica entrevista em 2006. Internautas sugerem que ambas as vestimentas tinham a intenção de gerar empatia e vitimização. As duas apareceram abatidas, sem maquiagem e chorando em momentos estratégicos.
“Fico me perguntando como uma advogada permite que a cliente nessa situação dê entrevista pro Fantástico e ainda por cima com uma blusa rosa da Minnie, igualzinha à Suzane Von Richthofen,” comentou uma usuária na rede X.
Participação dos advogados
Outra semelhança é a intervenção dos advogados durante as entrevistas. Natalia, visivelmente desconfortável, se recusou a responder perguntas básicas, com sua advogada, Tatiana Forte, sugerindo que a repórter evitasse certas perguntas. A advogada também pediu para o programa não exibir essas partes da gravação.
Na entrevista de Suzane, seu advogado, Denivaldo Barni, orientava a cliente a chorar e se recusar a falar sobre os irmãos Cravinhos. A orientação foi captada pelo microfone, sem que ele soubesse.
Entenda o caso
Henrique Chagas, de 27 anos, faleceu uma semana após se submeter a um procedimento de Peeling de Fenol, realizado por Natalia Fabiana em sua clínica em São Paulo. Natália, que tinha mais de 200 mil seguidores, promovia o procedimento como milagroso nas redes sociais, apesar de não ter formação na área de estética. A Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (ANESCO) confirmou que Natália era leiga e que o procedimento, considerado de risco, só deveria ser realizado por médicos.
Natália teria aprendido a aplicar o fenol através de um curso online e cobrou R$4.500 pelo procedimento. A Polícia Civil ainda aguarda o laudo oficial para determinar as causas da morte de Henrique.