Um padre, diretor de um colégio católico em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por assédio e importunação sexual. Os crimes teriam ocorrido entre 2014 e 2021, em dependências da igreja e da escola.
Uma das vítimas teria apenas 13 anos quando sofreu o primeiro assédio. Com isso, o religioso poderá responder, inclusive, por estupro de vulnerável. A denúncia, assinada pela promotora Danielle Angélica Polastri de Mendonça, também cita o fato do suspeito usar da sua autoridade hierárquica para cometer os abusos.
O padre já havia sido indiciado pela Polícia Civil no fim de abril, em inquérito concluído pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Santa Luzia. Desde o fim do ano passado ele está afastado das funções religiosas.
Pelo menos 11 mulheres procuraram as autoridades em novembro do ano passado e relataram terem sido assediadas. Conforme as denunciantes, o religioso constantemente falava das roupas delas. Ele também tentava tocar e beijar as vítimas.
Em nota, a Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte reforçou que o padre está “afastado das funções sacerdotais até que seja concluído o processo de investigação das denúncias”. A medida foi tomada ainda no fim de novembro do ano passado.
“Além do processo civil, a Igreja vem, adequadamente, conduzindo o processo canônico, em busca da verdade e da justiça”, finaliza a nota divulgada pela Arquidiocese nesta sexta-feira (8).