Polícia prende familiares por suspeita de homicídio de menino de 2 anos

A França voltou a acompanhar com atenção os desdobramentos do caso Émile Soleil, menino de dois anos e meio que desapareceu em julho de 2023, enquanto passava as férias na casa dos avós, no vilarejo de Le Haut-Vernet, nos Alpes. Nesta terça-feira (25), a polícia prendeu os avós maternos e dois tios da criança. Eles são suspeitos de envolvimento na morte do garoto e na ocultação do corpo.

A nova fase da investigação representa uma mudança importante na linha seguida até aqui. Desde o desaparecimento, o caso mobilizou moradores da região, forças de segurança e profissionais especializados, em uma busca que durou meses e se tornou um dos episódios mais sensíveis do país nos últimos anos.

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Última vez que Émile foi visto com vida

Émile foi visto pela última vez caminhando sozinho por uma rua da vila. Os pais não estavam com ele naquele dia. A busca terminou nove meses depois, quando um morador da região encontrou parte dos restos mortais da criança — o crânio e alguns dentes. Depois disso, a polícia localizou outros ossos e roupas que pertenciam ao menino.

Na época, as autoridades não descartaram nenhuma hipótese. Acidente, homicídio culposo ou assassinato eram todas possibilidades consideradas. Agora, com a prisão de quatro familiares, a investigação se volta para dentro da própria família.

O promotor Jean-Luc Blachon informou que os detidos ainda estão sendo ouvidos e que a perícia forense segue atuando na área. Ele destacou que as prisões são fruto do trabalho de investigação desenvolvido nos últimos meses.

Caso Émile e o impacto na memória coletiva 

A comoção em torno do caso Émile tem sido comparada à de outro menino, Grégory Villemin, de quatro anos, que desapareceu e foi encontrado morto em 1984, em um episódio que até hoje não teve solução. 

As investigações seguem em andamento. Até o momento, a polícia não divulgou se há confissões, provas diretas ou novos depoimentos que expliquem o que realmente aconteceu com Émile.