Com R$ 192 milhões, ganhador brasileiro ficaria abaixo de sorteios recentes da loteria federal
A série sul-coreana Round 6, que conquistou o público com uma competição mortal valendo 45,6 bilhões de won, reacende a curiosidade sobre o valor do prêmio. Convertida à cotação atual, a quantia representa aproximadamente R$ 192,08 milhões.
Na Coreia do Sul, o salário médio mensal gira em torno de 2,06 milhões de won, o que equivale a cerca de R$ 8.695. O prêmio de Round 6 representa, portanto, mais de 900 anos de trabalho para um cidadão comum do país.
No Brasil, o contraste é ainda maior. Segundo dados do IBGE, o rendimento médio mensal do brasileiro em 2023 foi de R$ 2.896.
Isso significa que os R$ 192 milhões da premiação corresponderiam a 5.536 anos de salário médio, ou mais de cinco mil vidas inteiras de trabalho, se considerada uma expectativa de vida de 80 anos.
Apesar do montante alto, o valor ainda está abaixo de prêmios já oferecidos pela Caixa Econômica Federal. A Mega da Virada deste ano, por exemplo, anunciou um prêmio estimado em R$ 600 milhões, mais de três vezes o total convertido de Round 6.
Ainda assim, os R$ 192 milhões colocariam qualquer ganhador entre os 0,01% mais ricos do país.
O jogo fictício, marcado por disputas brutais entre participantes endividados, dialoga com realidades que, em contextos distintos, também atravessam o cotidiano brasileiro.
Para quem cogita ambições ainda maiores, como alcançar a fortuna de Elon Musk, o prêmio de Round 6 pode parecer modesto. O empresário norte-americano, dono da Tesla e da SpaceX, tem um patrimônio estimado em US$ 400 bilhões.
Considerando o prêmio da série em sua versão brasileira (R$ 192 milhões), seria necessário vencer a competição pelo menos 12.895 vezes para se igualar ao valor acumulado por Musk. Ou, em outras palavras, uma vida inteira de apostas repetidas e bem-sucedidas.