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Saiba quem é o chefe do tráfico que morreu fazendo a unha em BH
Conhecido como “Cara de Égua”, Bruno Xavier de Souza foi executado a tiros dentro de salão de beleza na região nordeste da capital
Bruno Xavier de Souza, de 37 anos, conhecido no submundo do crime como “Cara de Égua”, foi executado a tiros na noite de terça-feira (4) dentro de um salão de beleza no bairro Santa Cruz, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Ele era apontado como o chefe do tráfico de drogas na região do Nova Cachoeirinha.
Segundo a Polícia Militar, dois homens em uma motocicleta preta chegaram ao estabelecimento. O garupa desceu, entrou no salão e disparou diversas vezes contra a vítima. Mesmo após Bruno cair no chão, o atirador se aproximou e efetuou novos disparos à queima-roupa antes de fugir com o comparsa.
Uma funcionária do salão, que fazia as unhas de Bruno no momento do crime, foi atingida de raspão, mas recusou atendimento médico.
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Execução filmada e suspeitos localizados
Imagens de câmeras de segurança da região registraram parte da ação. Os vídeos, que ainda não foram divulgados, estão sendo analisados pela Polícia Civil. Informações anônimas levaram os investigadores até um suspeito apelidado de “Pato”, supostamente ligado ao tráfico na Vila Inestan — área próxima ao local do assassinato.
A PM localizou o homem em um imóvel na vila. Junto dele, estava outro suspeito. No local, os militares apreenderam porções de drogas, dinheiro em espécie, três celulares e uma motocicleta com características compatíveis com a usada na execução.
Durante a abordagem, Douglas — identificado como o condutor da moto — alegou que fazia entregas de entorpecentes e que a droga apreendida era para consumo próprio. O segundo suspeito afirmou ter emprestado o veículo e disse que ambos usavam drogas juntos no momento da chegada da polícia.
Motivação pode ser disputa pelo controle do tráfico
Os dois homens, de 23 e 25 anos, devem prestar depoimento ainda nesta quinta-feira (5). A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conduz o inquérito. A principal linha de investigação aponta para uma possível disputa entre facções pelo controle do tráfico de drogas em bairros da zona norte da capital mineira.
Até o momento, ninguém foi preso formalmente pelo assassinato de Bruno Xavier de Souza. O corpo do traficante foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital.