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Arroz envenenado: polícia prende mãe de vítima e investiga novos desdobramentos

Investigação aponta possíveis novos envolvidos no crime que matou cinco pessoas em Parnaíba

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Arroz envenenado: polícia prende mãe de vítima e investiga novos desdobramentos
Prisão temporária foi decretada para Maria dos Aflitos, enquanto autoridades analisam a relação de uma sexta morte com o crime ocorrido no Piauí

A Polícia Civil do Piauí prendeu temporariamente, nesta sexta-feira (31), Maria dos Aflitos, mãe de uma das vítimas do caso de envenenamento ocorrido em Parnaíba, no litoral do estado. Ela é suspeita de envolvimento no crime, que aconteceu no dia 1º de janeiro e resultou na morte de cinco pessoas da mesma família após a ingestão de arroz contaminado com uma substância tóxica semelhante ao chumbinho.

A prisão de Maria dos Aflitos ocorreu por meio do cumprimento de um mandado judicial. Além dela, outros familiares foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. O principal suspeito do crime continua sendo seu marido, Francisco de Assis Pereira da Costa, que já está preso.

As investigações levantam questionamentos sobre a intoxicação de Francisco de Assis. Segundo depoimentos, ele pode não ter consumido o alimento contaminado, apenas simulando que o havia colocado no prato. Outra possibilidade investigada é que ele tenha ingerido uma quantidade muito pequena do veneno.

Para esclarecer essa questão, exames de sangue e urina foram realizados no suspeito. A Polícia Civil confirmou que os laudos já foram expedidos, mas os resultados só serão divulgados ao fim do inquérito.

O crime

O caso ocorreu no primeiro dia do ano, quando nove membros da mesma família passaram mal após consumirem o arroz envenenado. Maria dos Aflitos, que agora está presa, foi uma das poucas pessoas presentes que não ingeriu o alimento.

Cinco vítimas não resistiram à intoxicação, e um novo desdobramento passou a ser investigado após a morte de Maria Jocilene da Silva, ex-nora de Maria dos Aflitos. Ela havia sido internada na ocasião do envenenamento, recebeu alta no dia seguinte, mas voltou a passar mal no dia 22 de janeiro ao visitar a casa onde tudo aconteceu.

Maria Jocilene foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao hospital, onde morreu dois dias depois. A polícia agora investiga se sua morte tem ligação direta com o envenenamento ocorrido semanas antes.