Polícia
Ex-policial é condenado por matar namorada e alterar cena do crime em MG
Ex-policial recebe 30 anos de pena em Minas após ser considerado culpado por feminicídio e por simular suicídio
Um ex-agente de segurança pública da Bahia foi condenado a 30 anos de reclusão pelo feminicídio da companheira em Divisa Alegre, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Ele também recebeu pena de 3 anos e 8 meses de encarceramento por fraude processual, já que adulterou a cena do crime para simular que a vítima havia cometido suicídio.
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O Conselho de Sentença reconheceu o homicídio qualificado com as agravantes de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. O júri popular foi realizado na Comarca de Pedra Azul e conduzido pelo juiz da Comarca de Medina, Arnon Argolo Matos Rocha.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o ex-policial submetia a vítima a um relacionamento abusivo, marcado por brigas, intimidações e agressões constantes. Em março de 2021, ele viajou da Bahia até Divisa Alegre para encontrar a mulher.
Após um jantar, o casal retornou à residência da vítima. Durante uma discussão, ela tentou correr em direção à porta, mas foi atingida com um disparo fatal na nuca. Conforme a sentença de pronúncia, o ex-policial manipulou o corpo da vítima em duas ocasiões e também alterou a posição da arma de fogo. A estratégia, de acordo com a decisão judicial, foi criada para encobrir o feminicídio e dar a falsa impressão de suicídio.
O réu já estava preso durante o processo e deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado. Ainda cabe recurso da decisão, mas o caso de feminicídio segue em segredo de Justiça.