Condenação do acusado pelo feminicídio e ocultação de cadáver em Palhoça (SC). Imagem: Pexels
O Tribunal do Júri de Palhoça (SC) condenou, nesta terça-feira (30), um homem a 35 anos, dois meses e seis dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira e pela ocultação do corpo sob o piso da residência onde ambos moravam.
O Conselho de Sentença acolheu a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que acusou o réu de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O crime ocorreu entre os dias 13 e 22 de maio de 2024, na Praia de Fora, e se enquadra em um contexto de violência doméstica.
De acordo com as investigações, a vítima, de 42 anos, foi torturada e golpeada na cabeça até a morte. O acusado já havia tentado matá-la anteriormente e mantinha ameaças constantes, conforme relatos de testemunhas. Elas também destacaram que ele apresentava comportamento possessivo e agressivo, tratando a mulher como se fosse uma propriedade pessoal.
O filho mais velho da vítima afirmou durante o julgamento que também sofria ameaças e descreveu um episódio em que a mãe foi atingida com uma paulada na cabeça, resultando em sequelas auditivas permanentes.
Durante a sessão do júri, o réu confessou o feminicídio e a ocultação do corpo, mas negou a participação do filho adolescente, que também responde criminalmente pelo caso.
As autoridades destacam que o crime foi motivado pela recusa do réu em aceitar o término do relacionamento, configurando um quadro de violência doméstica extrema. A descoberta do corpo enterrado sob o piso da residência reforça a gravidade e a crueldade do delito.