A Polícia Militar prendeu, neste sábado (26), um homem de 33 anos, flagrado após atirar três vezes em Bruno Henrique de Souza, 27 anos. A vítima morreu na hora. O detalhe é que o suspeito tem várias passagens pelo sistema de Justiça, já respondeu por crimes como roubo, ameaça, furto e até homicídio e estava usando tornozeleira eletrônica no momento da prisão. De acordo com a polícia, havia, inclusive, um mandado de prisão em aberto cadastrado em nome do assassino.
Em outras palavras, ele estava foragido, mesmo usando a tornozeleira – equipamento de monitoração eletrônica que tem a finalidade de informar aos órgãos de segurança sobre a localização dos condenados que cumprem pena fora do presídio.
O caso foi em Itabira, na região Central do estado. Bruno Henrique foi assassinado com tiros pelas costas. Segundo a polícia, ele estava em um estabelecimento comercial onde vende churrasquinho, na Av. Cristina Gazire, e enquanto aguardava atendimento no caixa, foi atingido por dois tiros nas costas, sem que tivesse a menor chance de reagir.
Policiais Militares da Companhia Tático Móvel, do 2º Pelotão de Itabira ouviram o barulho dos tiros e viram quando o assassino, de 33 anos, subiu na garupa de uma moto e fugiu. Ainda conforme a polícia, iniciou-se a perseguição. Os dois homens – o que atirou e o que deu fuga – foram vistos em frente ao Campo do Grêmio, mas fugiram novamente.
Após intenso rastreamento, os policiais militares viram a motocicleta jogada na esquina das Av. Professor João Camilo de Oliveira Torres e Cristina Gazire. Conforme a PM, o homem apontado como responsável pelo homicídio foi abordado nas imediações e ameaçou atirar nos policiais. Um dos militares atirou, mas não atingiu o suspeito, que acabou imobilizado. Ainda segundo a polícia, ele tentou reagir e fugir novamente, mas foi algemado e encaminhado a uma unidade de saúde.
Durante as buscas a procura da arma, os policiais perceberam que o suspeito faz uso da tornozeleira eletrônica e, contra ele, havia um mandado de prisão em aberto. O revólver taurus, calibre 32, possivelmente usado no homicídio, foi apreendido.
Os policiais informaram que nele cabem seis munições e dessas, três haviam sido usadas. A arma foi encaminhada para a perícia.
Os investigadores da Polícia Civil e os peritos do Instituto de Criminalística foram ao local onde aconteceu o homicídio. Conforme a perícia, havia duas marcas de entrada dos tiros nas costas da vítima.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Itabira. O suspeito foi preso, autuado em flagrante e encaminhado para o Sistema Prisional. O nome dele não pode ser divulgado em decorrência das limitações impostas pela lei de abuso de autoridade, apesar de ser velho conhecido do sistema de Justiça. Conforme a investigação, ele já foi preso por porte ilegal de armas, ameaça, furto e homicídio.
Em nota a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou:
“O suspeito estava sob monitoração eletrônica, com medida cautelar, desde o dia 12/09/2021, por determinação da Justiça, que é responsável pelos critérios de cumprimento da monitoração, tais como áreas limítrofes e horários. Importante frisar que a Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica (UGME) não é responsável pelo cumprimento de mandados. Quando a UGME toma conhecimento de algum mandado em aberto, comunica imediatamente as polícias, que são responsáveis por esses cumprimentos. Cabe destacar que, em caso de monitorados em medidas cautelares, a Justiça não informa à UGME sobre mandados de prisão, como ocorre com a vara de execução criminal”, concluiu a nota.
O motociclista que deu fuga ao assassino ainda não foi encontrado. Quem tiver alguma informação, pode ligar no disque denúncias 181.
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1- o judiciário tem falhado imensamente para com o Brasil. Bandidos estão sendo soltos e identidades sendo escondidas por uma lei burra e irresponsável dita "abuso de autoridade" - chega a ser cômico. O assassino tem o beneplácito da lei. Ou seja a inversão de valores vem da própria justiça.
2-Registrada a fuga do bandido a pena tem que ser duplicada- não menos de 20 anos de cadeia.
Cadê a pena de morte para estes casos ??????