Casa do empresário tinha piscina e lago com carpas | PF/Divulgação
A Polícia Federal (PF) realizou nessa quarta-feira (17) a Operação Rejeito, que investiga um esquema bilionário de fraudes em licenciamento ambiental, corrupção e mineração ilegal em áreas de preservação de Minas Gerais. Foram cumpridos 22 mandados de prisão e 79 de busca e apreensão. Entre os investigados está o empresário Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe da organização criminosa.
De acordo com a investigação, a quadrilha obteve lucros bilionários com a extração irregular, burlando a fiscalização ambiental por meio de documentos falsos e suborno a servidores públicos. A Justiça determinou o afastamento de funcionários suspeitos, além do bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 1,5 bilhão e a suspensão de empresas ligadas ao grupo.
Durante as diligências, agentes federais estiveram em uma residência de Alan Cavalcante localizada em um condomínio de alto padrão em Maceió (AL). O imóvel possui lago artificial, piscinas, espelho d’água com carpas e veículos de luxo, segundo imagens divulgadas pela PF.
A investigação atinge empresários, dirigentes de órgãos ambientais e até um delegado da Polícia Federal. Entre os principais nomes estão:
As apurações revelaram que a Serra do Curral, patrimônio natural tombado de Belo Horizonte, foi uma das regiões exploradas ilegalmente pelo grupo.
Documentos obtidos indicam que empresas ligadas à quadrilha não tinham autorização ambiental para atuar na área e chegaram a simular obras de terraplenagem para encobrir a mineração dentro da unidade de conservação.