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OPERAÇÃO TARRAFA: Polícia Federal desarticula grupo que aplicava fraude bilionária

Uma organização criminosa recebia benefício de falsos pescadores em MG e outros 11 estados

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PF investiga organização criminosa que fraudava documentos para receber benefícios de pescadores desde 2020. Foto: Reprodução Polícia Federal

Desde o início da manhã desta quinta-feira (17), policiais federais cumprem 180 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão preventiva em Minas Gerais, Pará, Maranhão, São Paulo, Ceará, Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins e Piauí. O grupo é suspeito de realizar fraudes bilionárias no Seguro Desemprego do Pescador Artesanal.

Segundo a PF, até o momento, foram realizadas medidas de busca e apreensão de 36 servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Outros 6 servidores da Secretaria de Aquicultura e Pesca, do Pará, também, vão ser afastados por decisão da justiça. O grupo começou a ser investigado no início de 2020, quando agentes da PF descobriram várias fraudes com cadastros falsos de pescadores no registro nacional da categoria para recebimento de benefício previdenciário. Pelo menos 102 certificados digitais de identificações fraudados foram expedidos em nome e em favorecimento de servidores públicos.

DOCUMENTOS FALSOS

Ainda segundo a Polícia Federal, os criminosos usavam certificados falsos, e no período em que os suspeitos estavam sendo investigados, conseguiram solicitar e receber mais de 436 mil pedidos de Seguro Desemprego do Pescador Artesanal – SDPA (também conhecido como Seguro Defeso). Para realizar o esquema, os criminosos, de acordo com a PF, usaram cerca de 400 mil CPFs e tiveram ajuda de vários sindicatos ou associações de pescadores de 12 estados do país.

Mais de R$ 1,5 bilhão foram pagos como benefícios de forma fraudulenta para moradores de mais de 1.340 municípios no país, entre eles de Minas Gerais, segundo a PF. Os integrantes do grupo criminosos deverão responder, segundo os investigadores, pelos crimes de estelionato; participação em organização criminosa; falsificação de documento público; uso de documento falso; inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção ativa. O nome “tarrafa” usado na operação policial se refere a um equipamento comum na pesca artesanal.

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