Está preso um homem de 35 anos por agredir e sequestrar o próprio filho, um adolescente de 17 anos. O motivo: pressionar a ex-mulher a reatar o casamento com o criminoso.
O crime aconteceu no bairro Serra, região Centro-sul da capital mineira nessa terça (19). De acordo com a polícia, o homem já teria agredida a ex diversas vezes e tem medidas cautelares que impedem de estar próximo da mulher.
O adolescente chamou à PM após ser deixado pelo próprio pai na Escola Pedro II, no bairro Santa Efigênia. O rapaz disse aos policiais que o pai o abordou, na rua Pouso Alto no bairro da Serra no início da manhã de terça. O adolescente disse que o pai, que estava acompanhado de um amigo, falou que queria leva-lo à escola.
O rapaz disse a polícia que se recusou a entrar no carro e, então, o pai desceu do veículo e o agrediu aplicando um “mata-leão” no adolescente que chegou a desmaiar. Ao acordar, a vítima estava em um lugar desconhecido e com as mãos presas por uma abraçadeira.
Durante o tempo em que esteve neste imóvel, o homem disse ao adolescente que ele teria até o fim do dia para convencer a mãe a retomar o relacionamento com ele. Caso isso não acontecesse, o menino e a mãe seriam mortas pelo pai.
O rapaz disse que tanto o pai, como o amigo, estavam armados durante todo o tempo.
Após cometer as agressões e ameaças, o adolescente foi deixado pelo pai e o amigo na escola onde o garoto estuda. Aos funcionários do estabelecimento de ensino, o pai disse que o filho tinha sido assaltado.
Após acionar a polícia, o adolescente foi levado para receber atendimento médico na UPA Centro-Sul. O menor tinha marcas no pescoço, que segundo os médicos eram típicas de quem sofreu esganadura. Os pulsos do rapaz também tinham marcas causadas pela abraçadeira usada pelo pai para amarrá-lo.
O jovem foi liberado e levado para a casa de uma tia.
O pai e o amigo, um homem de 39 anos, foram presos pela polícia. No carro usado pela dupla, a polícia encontrou uma carteira com os documentos do adolescente e a abraçadeira usada para amarrar as mãos do rapaz.
Em depoimento à polícia, o pai do adolescente negou que tenha feito às ameaças e que deu um tapa no rosto do filho depois de ter sido ofendido.
Os dois presos foram levados para a delegacia da Mulher, no Barro Preto em BH onde a ocorrência foi registrada.
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Ninguém tem nome nessa matéria? Porquê? Se o mesmo crime fosse cometido numa favela e não na Serra os nomes certamente teriam sido mostrados.
Após a publicação da Lei de Abuso de Autoridade e de várias outras, os nomes de vítimas, suspeitos e etc são cada vez menos divulgados.