As ruas do aglomerado do Taquaril continuam ocupadas pela Polícia Militar. A ação, que entra no segundo dia, tem o objetivo de prender suspeitos de participação no tiroteio entre gangues rivais que assustou moradores da comunidade na madrugada de quarta (6). Segundo a polícia, o confronto entre os criminosos é para garantir o controle do tráfico de drogas na comunidade. Aproximadamente 30 militares em sete viaturas da corporação continuam ocupando locais estratégicos.
No segundo dia, os militares vão intensificar as ações de varredura na comunidade. A ideia da PM é identificar locais usados pelos traficantes para armazenar armas e drogas. No primeiro dia, os militares apreenderam armas e drogas em pelo menos três pontos do aglomerado. “A ideia é continuar com essa operação para sufocar as operações deste grupo. Temos indicações que vão nos levar a desmantelar a ação destes criminosos na comunidade”, explicou o major Fernando Braga, comandante da128 CIA da PM responsável pelo policiamento na comunidade.
No primeiro dia de ocupação, a PM conseguiu prender Luiz Henrique Nascimento Pereira, de 26 anos, apontado como um dos principais líderes de um dos grupos envolvidos no confronto de quarta (6). O traficante foi capturado em Esmeraldas, na região metropolitana de BH, quando ia até o local com a namorada buscar armamentos para dar a continuidade a confronto contra traficantes que chefiam a venda de drogas no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul.
O suspeito foi surpreendido pelos militares ao desembarcar de um carro de aplicativo de transporte. No momento da prisão, o homem estava armado com uma pistola calibre 380. Um telefone celular que pertencia ao traficante também foi apreendido pelos militares.
As informações da PM dão conta que Luiz Henrique teria participado ativamente do tiroteio e que pelo menos uma dezena de criminosos integraram o bando que trocou tiros contra os rivais. “Ele chegou a se vangloriar que expulsaram os inimigos com mais de 200 tiros”, afirma Braga.
Durante toda a quarta, os esforços da PM foram para capturar o traficante. Por pelo menos três vezes, os militares estiveram na casa do criminoso em busca de armas e drogas. O cerco se fechou ainda mais quando a PM identificou que os áudios e vídeos sobre o tiroteio, que viralizaram em redes sociais na madrugada do confronto, tinham sido feitos pelo suspeito.
Em um dos áudios, o traficante afirma que “eles não deixaram os inimigos subirem”. Em outro áudio, o criminoso confirma ser o autor dos vídeos que mostram o confronto e comemora a divulgação da disputa pelos meios de comunicação.