Polícia
Polícia apreende droga suficiente para 115 anos de uso
Suspeito tinha autorização para cultivo medicinal, mas mantinha produção ilegal com mais de 100 pés da planta, 70 kg de droga pronta e laboratório de óleo concentrado
A Polícia Civil de Pernambuco prendeu em flagrante um homem por tráfico de drogas após descobrir uma grande estrutura clandestina de cultivo e processamento de maconha no distrito de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. A operação, divulgada nesta quinta-feira (6), revelou um esquema que extrapolava amplamente os limites legais de plantio autorizados pela Justiça.
No terreno, os agentes encontraram 115 pés de maconha, cerca de 70 quilos da substância já processada e mais de 10 litros de óleo de canabidiol. O local funcionava como um laboratório de produção em larga escala, com estufas climatizadas, equipamentos industriais e cultivo em áreas que ultrapassavam os limites legais permitidos para uso medicinal.
Leia mais
- Saiba quem é o chefe do tráfico que morreu fazendo a unha em BH
- Paciente será indenizado após paralisia facial por erro de farmácia em BH
- Influenciadora é cobrada em R$ 943 por 1 kg de tomate
O homem detido tinha um habeas corpus que permitia cultivar até nove pés da planta em uma área de no máximo cinco metros quadrados, com uso diário limitado a cinco gotas do óleo extraído da cannabis — quantidade indicada em tratamentos específicos. No entanto, a estrutura encontrada apresentava um número de plantas e volume de produto que, segundo a polícia, daria para mais de 115 anos de uso contínuo.
Na parte externa da residência, os policiais localizaram uma estufa com 41 pés de maconha, algumas ultrapassando dois metros de altura. No interior do imóvel, havia outra estufa climatizada com 114 pés e uma terceira em fase de montagem, equipada com itens de padrão industrial, o que indica intenção de ampliar ainda mais a produção.
Mesmo com o flagrante, o Tribunal de Justiça de Pernambuco concedeu liberdade provisória ao suspeito durante audiência de custódia. O nome dele não foi divulgado.
A Polícia Civil abriu um inquérito e terá um prazo inicial de 30 dias para investigar o caso e identificar possíveis compradores do material, o que pode revelar uma rede maior de distribuição ilegal.