Polícia

Polícia continua a procura de assassino do policial penal morto a facadas

Está sendo velado, desde o início da manhã desta quarta (30), no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte, o corpo do policial penal Bruno Washington Tameirão. O enterro está marcado para as quatro da tarde, no cemitério da Paz.

O agente de segurança pública foi morto a facadas, no Conjunto Jardim Filadélfia quando chegava do trabalho. Segundo a Polícia Civil, Tameirão levava uma motocicleta para um lava jato quando foi cercado por criminosos e morto. O crime aconteceu há menos de duzentos metros da casa do policial penal que estava fardado quando foi morto.

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O policial penal foi morto a facadas quando levava a motocicleta para lavar | Vídeo: Redes Sociais

A polícia ainda procura o assassino e as pessoas que teriam dado cobertura na fuga do criminoso. Segundo o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) Rogério Greco, a principal linha de investigação da Polícia Civil é que o suspeito de esfaquear e matar o policial penal seria um traficante que estaria insatisfeito com a presença de Bruno na localidade, o que estaria acarretando em uma diminuição no fluxo de vendas de drogas na localidade.

Comoção, revolta, dor e tristeza


Entre os familiares de Bruno, o clima é de revolta e muita tristeza. O policial penal tinha 40 anos e deixa um filho de 8. Ele morava há dez anos no Jardim Filadélfia e era considerado uma pessoa tranquila e querida na localidade em que vivia.

Nas horas vagas, Tameirão integrava um grupo de samba. Erdelita Coelho da Silva, ex-sogra e avó do agente de segurança pública, disse que Bruno vinha sofrendo ameaças de presos desde o ano passado e chegou a registrar ocorrência. Ele trabalhava há um ano na Penitenciária de Segurança Máxima Bicas I, em São Joaquim de Bicas.

Um amigo de infância do policial penal, que não quis se identificar por temer represálias, disse que Tameirão ia a Contagem momentos antes de ser morto. “Ele era uma pessoa muito tranquila. Sempre andou fardado por aqui, todos sabiam qual era a casa dele. Estava sempre conversando com todos, tinha uma banda de pagode e não tinha problema com ninguém. Não dá para entender até agora o que aconteceu”, explica.

André Santos

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