Quadrilha mapeou alvos por 15 dias, usou jammers, uniformes falsos e entrou por uma parede sem acionar alarmes
O colombiano Libardo Antonio Gonzalez Diaz foi extraditado ao Brasil no último dia 8 de maio, sob escolta da Polícia Federal. Ele é acusado de participar do furto de joias e relógios avaliados em cerca de R$ 9 milhões, ocorrido em junho de 2021, em uma joalheria localizada em um shopping no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza (CE).
Gonzalez Diaz estava na lista vermelha da Interpol e é o terceiro colombiano extraditado no âmbito dessa investigação, que envolve uma quadrilha transnacional especializada em crimes patrimoniais de alta complexidade.
A investigação conduzida pela Polícia Civil do Ceará aponta que o grupo criminoso operava com planejamento detalhado, uso de tecnologia avançada e disfarces para executar furtos sem levantar suspeitas. Gonzalez Diaz, segundo as autoridades, era responsável por dar cobertura externa à ação, ao lado de Jefferson Geovanny Ortiz Gonzalez e Andrés Manuel López Pataquiva, também colombianos.
De acordo com o inquérito policial, o trio chegou a Fortaleza 15 dias antes do crime. Durante esse período, fez o mapeamento de alvos em shoppings da região metropolitana. O grupo escolheu a joalheria localizada no shopping do bairro Edson Queiroz como alvo principal.
A execução do furto durou cerca de 40 minutos. Os criminosos perfuraram as paredes de uma loja vizinha para acessar o interior da joalheria. Utilizaram mochilas para carregar as joias e relógios e deixaram o local a pé, sem chamar atenção.
Segundo a PCCE, foram empregados equipamentos como dispositivos de clonagem de controle remoto, usados para abrir portas vizinhas sem acionar os alarmes, e jammers, bloqueadores de sinal que interferem em sistemas de alarme via rádio e telefonia.
Além disso, os suspeitos usavam uniformes falsos semelhantes aos dos funcionários do shopping, o que dificultou a identificação durante e após o crime.
