Na manhã do dia 8 de novembro, o empresário Vinicius Gritzbach foi morto com dez tiros ao desembarcar de uma viagem no aeroporto de Guarulhos. O atentado não só tirou a vida do empresário, mas também a de um motorista de aplicativo que estava no local, além de ferir outras três pessoas. A polícia identificou Kauê do Amaral Coelho como suspeito de participação no assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) oferece R$ 50 mil por informações que levem à captura de Kauê do Amaral Coelho, foragido e suspeito de envolvimento no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos.
O empresário tinha um histórico de envolvimento com a Justiça, incluindo processos por homicídio e lavagem de dinheiro. No entanto, seu papel como delator em casos relacionados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e funcionários da administração pública levantou novas possibilidades para a motivação de seu assassinato.
A investigação busca identificar os responsáveis pelo assassinato de Vinicius. Entre as linhas de investigação estão a possibilidade de vingança por parte de membros do PCC, devedor conhecido do empresário, policiais civis e militares, e um agente penitenciário. Cada grupo teria diferentes motivações para o crime, desde vingança até a eliminação de uma testemunha incomoda.
Os policiais investigados também incluem um total não divulgado de agentes, dos quais pelo menos 13 são considerados suspeitos, resultando no afastamento de oito policiais militares. Informações iniciais indicam que a vítima havia acusado agentes de segurança pública de extorsão, em um áudio relatado em sua delação premiada.
As autoridades apontaram Kauê do Amaral Coelho como um suspeito crucial no caso, com base nas análises das câmeras de segurança do aeroporto. As gravações mostraram Kauê circulando pela área de desembarque momentos antes do crime, indicando aos atiradores a presença de Vinicius. A polícia também cumpriu mandados de busca em endereços ligados a Kauê, mas ele não foi encontrado e se encontra foragido.
Convicto de envolvimento com o tráfico e conhecido por desacato a autoridades, Kauê tinha ligações com o PCC, conforme apontam registros em boletins de ocorrência onde ele citava ser membro da organização criminosa.
As investigações continuam em ritmo acelerado para esclarecer os detalhes e motivações do crime. A força-tarefa trabalha para identificar todos os envolvidos e garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça. Entre as ações em andamento, policiais seguem coletando e analisando mais evidências que possam vincular os suspeitos restantes ao atentado.
Com a colaboração da Justiça e o acesso aos detalhes da delação de Vinicius, a polícia busca esclarecer se outros indivíduos tinham razões para desejar sua morte além daqueles já conhecidos. O desafio reside em unir todas as peças do quebra-cabeça que compõem essa complexa rede de crimes e vinganças.