Governo determinou interdição de locais suspeitos. Foto: Unsplash
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (30) que há indícios de distribuição de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol além do estado de São Paulo. Até o momento, cinco mortes foram registradas devido à intoxicação pela substância.
Para apurar a situação, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar essas notificações e identificar a rede de distribuição das bebidas contaminadas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a criação de um gabinete de crise para monitorar e coordenar as ações contra a distribuição das bebidas contaminadas. Além disso, ele informou que todos os estabelecimentos que registraram casos suspeitos ou confirmados serão alvo de interdição cautelar.
Tarcísio descartou a participação do PCC nos casos, mas a Polícia Federal continuará investigando possíveis conexões criminosas.
O ministro Alexandre Padilha destacou que o número de casos é atípico. “Na série histórica, temos cerca de 20 casos por ano de intoxicação por metanol, devidamente notificados pelos profissionais de saúde. A partir de setembro, já se notificou quase metade desse total”, afirmou Padilha.
Os casos registrados estão relacionados ao consumo de diversos tipos de bebidas alcoólicas, incluindo gin, uísque e vodka, consumidos em bares e adegas.
O Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) alerta para o risco de subnotificação, já que muitos casos podem não chegar ao conhecimento dos órgãos de vigilância e controle.
O metanol é uma substância tóxica e inflamável, presente em produtos como anticongelantes e removedores de tinta. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode causar intoxicação grave.
Sintomas de intoxicação por metanol incluem:
Vale lembrar que a toxicidade depende da dose ingerida e da capacidade do organismo de metabolizar a substância.
A Secretaria da Saúde atualizou os números dos casos de intoxicação por metanol: