Autoridades confirmam casos de criptosporidiose em fazenda do País de Gales; infecção está ligada ao contato direto com animais
Autoridades de saúde do País de Gales, no Reino Unido, confirmaram um surto de criptosporidiose após um evento em que visitantes alimentaram e acariciaram cordeiros recém-nascidos em uma fazenda local. Ao menos 28 pessoas foram hospitalizadas com sintomas associados à infecção intestinal, incluindo diarreia, cólicas abdominais, náuseas e febre leve.
A infecção é causada pelo protozoário Cryptosporidium, transmitido principalmente por meio do contato oral com micropartículas de fezes de animais contaminados.
O risco de exposição aumenta em ambientes rurais com práticas de manejo animal e infraestrutura sanitária limitada. O parasita é conhecido por infectar diversas espécies de mamíferos, inclusive humanos.
O evento promovido pela fazenda incluía a experiência de alimentação e toque com cordeiros bebês. Após a notificação dos primeiros quadros clínicos, a direção optou por suspender voluntariamente as atividades.
Em nota divulgada à imprensa, a administração informou estar colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades sanitárias locais.
O Cryptosporidium é um parasita intracelular que se desenvolve nas células do intestino delgado. Os sintomas da criptosporidiose geralmente aparecem após a ingestão de oocistos eliminados pelas fezes de animais contaminados.
Embora a infecção possa se resolver espontaneamente entre pessoas com sistema imunológico preservado, casos mais duradouros ou graves podem ocorrer, especialmente entre pacientes imunocomprometidos, como portadores do HIV com alta carga viral.
O protozoário é resistente a métodos tradicionais de desinfecção, como o uso de cloro, o que também explica sua presença recorrente em piscinas e parques aquáticos.