Empurrada por colegas durante festa em resort, gerente alega negligência da empresa por falta de segurança no local
Chloe Hewitt, gerente de eventos de 26 anos, entrou com um processo contra a empresa em que trabalhava, no Reino Unido, após sofrer lesões permanentes no pé direito durante uma confraternização corporativa nas Ilhas Maurício, em junho de 2022.
A ação, apresentada ao Tribunal Superior britânico, pede uma indenização de 250 mil libras, o equivalente a cerca de R$ 2 milhões.
Segundo a acusação, Chloe foi empurrada duas vezes na piscina do hotel Paradise, um cinco estrelas do grupo Beachcomber Resort, localizado na península de Le Morne.
No segundo empurrão, caiu sobre cacos de vidro e sofreu cortes profundos que exigiram duas cirurgias. A funcionária afirma ter desenvolvido dores crônicas, danos nos nervos e limitação de movimentos.
O episódio ocorreu durante uma festa de encerramento organizada pela própria companhia, com jantar, DJ e bar liberado. O evento fazia parte de uma premiação para os melhores vendedores da rede.
De acordo com Chloe, o consumo excessivo de álcool foi incentivado, e as bebidas foram servidas em copos de vidro, mesmo em áreas próximas à piscina.
Ela também afirma que não havia seguranças no local e que a empresa não adotou medidas básicas para garantir a segurança dos funcionários em um ambiente de festa criado pela própria organização.
A defesa da empresa alega que o acidente ocorreu após o fim oficial do evento, quando Chloe já não estava mais em horário de trabalho.
Segundo a companhia, o bar liberado funcionou por apenas uma hora e foi encerrado à meia-noite, horário em que o DJ também teria sido instruído a finalizar a música.
A empresa afirma ainda que os envolvidos no empurrão eram distribuidores independentes, e não funcionários diretos.
O caso se baseia na definição de responsabilidade da empresa por eventos realizados fora do expediente, mas ainda sob o contexto de uma viagem organizada e paga pela companhia.
A defesa de Chloe argumenta que, mesmo após o fim oficial da festa, o ambiente foi criado e controlado pela organização, o que implicaria dever de cuidado com os participantes.
A decisão final deve avaliar até que ponto a empresa poderia ser responsabilizada por acidentes em eventos informais promovidos para fins corporativos.
O processo ainda está em fase de instrução no Reino Unido.