Aos 15 anos, Catarina Maurer teve infecção generalizada após atendimento inicial; hoje fala sobre deficiência e autoestima
Em 2021, Catarina Maurer, então com 15 anos, chegou a um hospital privado em Brasília com dores abdominais intensas. Saiu de lá dias depois sem a perna direita e com o braço esquerdo comprometido.
O que começou como um mal-estar foi diagnosticado como infecção urinária. O quadro evoluiu rapidamente, e a jovem entrou em coma.
Hoje, aos 19, ela trabalha como modelo e influenciadora digital, usando a própria história para falar sobre deficiência e autonomia nas redes sociais.
A dor começou na parte inferior da barriga, forte o suficiente para fazê-la desmaiar. Em seguida, vieram diarreia intensa, vômitos e sangue nas fezes.
Mesmo com esses sintomas, Catarina recebeu o diagnóstico de infecção urinária e foi liberada. Dias depois, seu estado se agravou. A infecção se espalhou, e ela foi internada em estado grave.
Catarina passou por uma sepse generalizada. Entrou em coma. Ao acordar, havia perdido a perna direita e enfrentava necrose no braço esquerdo. A vida, até então marcada por atividades típicas da adolescência, precisou ser reconstruída a partir de um novo ponto de partida.
A transformação forçada se tornou também uma plataforma. Desde a reabilitação, Catarina passou a compartilhar sua rotina com prótese, os bastidores de campanhas de moda e os desafios do dia a dia.
Nas redes sociais, fala com frequência sobre autoestima, capacitismo, mobilidade e autonomia.
A história de Catarina também acende alertas sobre a condução de diagnósticos médicos em jovens.
Segundo relatos da própria influenciadora, os sintomas mais graves surgiram poucos dias após o atendimento inicial, e o tempo entre o diagnóstico e a internação definitiva foi decisivo para o avanço da infecção.
O caso não teve desdobramentos judiciais divulgados. Hoje, a jovem prefere focar no presente e no futuro, embora relembre o episódio como um marco definitivo em sua vida.