Na próxima terça-feira (4) chega à cidade de Raposos, na região metropolitana de Belo Horizonte, o projeto “Castramóvel”, realizado pela ONG Aliança Juizforana pela Defesa dos Animais, com o apoio da Prefeitura de Nova Lima.
A ação controla a quantidade de cães e gatos nas ruas de Nova Lima, Raposos e Rio Acima com vacinação e microchipagem. Os responsáveis também desenvolvem a educação socioambiental com foco na guarda responsável e no bem estar animal. Os trabalhos foram contemplados na plataforma Semente em 2021.
Para Renata Fonseca, supervisora do Semente, a convivência com cães e gatos proporciona muitos benefícios. “É indiscutível o quanto à convivência com os pets fazem bem ao ser humano, mas quando a guarda responsável não é colocada em prática, pode gerar diversos transtornos”, destaca.
A equipe Semente acompanhou, na última terça-feira (27), a castração de 43 pets na rodoviária de Nova Lima, região Metropolitana de Belo Horizonte.
“Estivemos em Nova Lima e presenciamos o procedimento cirúrgico nos animais. Os cães e gatos foram castrados e microchipados. Além disso, no momento da castração os tutores foram orientados a voltar após 15 dias para que os animais sejam vacinados pois, segundo a responsáveis pelo procedimento realizado, a imunização não pode acontecer no mesmo dia”, detalha.
Ainda conforme Renata, o microchip é importante porque evita que os animais corram o risco de passarem por cirurgia sem necessidade. “Com relação aos animais em situação de rua, o microchip é importante para evitar que sejam operados sem necessidade. Os veterinários passam o leitor de chip para conferir se aqueles já estão castrados, já que é impossível visualizar a olho nu, com facilidade”, afirma.
Conforme a equipe técnica Semente, a coordenação do projeto informou que existe dificuldade em relação à vacinação dos animais porque a imunização não pode ser ministrada no mesmo dia da castração.
Uma das coordenadoras do projeto, Isabela Franqueira, destaca a importância da vacinação para os pets. “A vacina protege para várias doenças. É o único meio de proteger o animal. Às vezes, o tutor só dá as três primeiras vacinas no primeiro ano de vida do pet e esquece das outras. Trabalhamos para conscientizar as pessoas de que as vacinas precisam ser tomadas anualmente”, disse.
Os animais de rua, que não possuem tutores permanentes, são encaminhados por voluntários. Alguns usam técnicas específicas para resgatar os gatos. “Eu resgato gatos domésticos que foram largados ou nasceram na rua e gatos selvagens. Para isso, utilizo uma gatoeira. Após a castração e recuperação, coloco o gato onde encontrei. Em relação aos cães, a gente cuida por sete dias, porque os caninos demoram mais a se recuperar da operação. Após esse tempo, eles também são devolvidos”, explicou uma dona de casa voluntária que preferiu não se identificar. Somente no castramóvel ela já levou mais de 150 animais.
Rosana Nascimento também resgata os animais na rua voluntariamente e encaminha para a castração. “Eu os trago, cuido do pós operatório. É muito importante que esses animais de rua sejam castrados para evitar que se multipliquem e os filhotes fiquem abandonados, correndo risco de morrer por doenças ou atropelados”, afirma. Para ela o projeto é muito importante porque dá a chance de tutores que possuem poucas condições financeiras, castrarem seus pets para evitar dor de cabeça futura com uma ninhada indesejada. “Espero que este projeto permaneça por muito tempo para que eu possa continuar trazendo os animais” conclui.
A castração está acontecendo de 15 em 15 dias. Os locais são divulgados com antecedência pelo instagram da prefeitura de Nova Lima.