Homem é preso por usar a morte do neto para golpe de R$ 7,5 milhões em amigos

Um homem de 68 anos foi preso nesta quarta-feira (3), em Sydney, na Austrália, acusado de aplicar uma fraude estimada em US$ 1,3 milhão (cerca de R$ 7,5 milhões) ao longo de oito anos. Segundo a Polícia de Nova Gales do Sul (NSW), o acusado usou a morte acidental de seu neto de três anos, ocorrida em 2003 em um shopping em Burwood, para solicitar dinheiro de pessoas próximas sob o pretexto de financiar um processo judicial contra o centro comercial. 

Mesmo após o caso ter sido encerrado em 2007, com pagamento de US$ 400 mil (R$ 2,3 milhões), o homem teria continuado a pedir valores adicionais, alegando novas necessidades judiciais e mantendo as vítimas sem reembolso.

Golpe começou após acidente em shopping de Sydney

A polícia informou que o golpe teve início logo após a morte da criança, em um acidente no shopping Burwood, em 2003. O avô comunicou a amigos e conhecidos que entraria com um processo contra o centro comercial e pediu apoio financeiro para cobrir as custas judiciais.

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As vítimas, sensibilizadas pela situação, acreditavam estar ajudando um homem em luto.

O processo judicial terminou em 2007, com o pagamento de US$ 400 mil ao acusado. No entanto, a polícia afirma que nenhuma das pessoas que contribuíram com dinheiro foi ressarcida. Em vez disso, o homem teria voltado a procurá-las, afirmando que o valor estava retido em um fundo fiduciário em nome do filho.

Mais de uma década de fraude

Segundo os investigadores, o suspeito manteve o golpe usando falsas justificativas para continuar pedindo mais dinheiro às mesmas vítimas. Ele dizia precisar de recursos para liberar o valor ou dar andamento a novos procedimentos legais.

Polícia suspeita de mais vítimas

O acusado foi preso durante o cumprimento de um mandado de busca em sua residência, ele foi acusado de três crimes de obtenção desonesta de vantagem financeira por meio de fraude.

A polícia informou que o valor total desviado pode ultrapassar os US$ 1,3 milhão já identificados. A investigação permanece aberta, e as autoridades pedem que outras vítimas ou testemunhas entrem em contato para colaborar com o caso.