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Pai suspeito de matar bebê tem histórico de agressões graves
Investigação revela seis casos de violência cometidos pelo homem contra crianças da própria família
Lucas Rodrigues Soares, preso preventivamente em Ponta Grossa (PR), é investigado por agressões contra pelo menos seis crianças, todas filhas ou enteadas dele. O caso mais grave envolve a morte do próprio filho, de dois meses, ocorrida em julho deste ano.
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O delegado responsável, Luis Gustavo Timossi, classificou o comportamento do suspeito como sádico e pediu exames para avaliar possível transtorno de personalidade.
Agressões repetidas e padrão de violência
O delegado detalhou que Lucas aproveitava as ausências das mães para cometer agressões. Entre os episódios apurados, o homem teria mordido um bebê, fraturado o fêmur de um enteado e aplicado uma superdosagem de medicamento em um recém-nascido, supostamente para “não sentir dor”, segundo relato da ex-companheira.
O histórico reúne casos entre 2016 e 2025. Em 2016, ele teria dado um tapa no rosto de um enteado de três anos, causando lesões.
Em 2017, mordidas deixaram marcas em um filho de dois meses, consideradas “brincadeira” pelo suspeito. Em 2021, a fratura do fêmur de um enteado de dois meses foi atribuída a agressão.
Ainda há relatos de que jogou um gato no enteado de dois anos durante o banho da criança. No caso mais recente, o bebê de dois meses sofreu traumatismo cranioencefálico por ação contundente, que resultou na morte.
O episódio fatal e as investigações em andamento
No final de julho, após a mãe retornar do trabalho, ela encontrou o bebê sem sinais vitais e com ferimentos no rosto.
Lucas alegou que o menino havia se engasgado com leite na tarde anterior, mas negou ter provocado lesões. Durante o interrogatório, mostrou-se indiferente e disse não se lembrar de agressões.
A mulher, que também foi agredida pelo companheiro ao tentar chamar socorro, simulou estar desacordada para escapar da violência e conseguiu sair da casa com o filho para pedir ajuda. O bebê não resistiu e morreu.
A polícia não descarta outras vítimas e mantém as investigações para responsabilizar Lucas por todas as agressões. Até o momento, ele não apresentou defesa formal.