Cidades
Torcedor que briga no Mineirão tem rosto cadastrado na Justiça
Três pessoas foram notificadas por brigas durante o clássico de domingo
A partida de futebol entre Atlético- MG e Cruzeiro, neste domingo (6), terminou em confusão dentro e fora do Mineirão. Segundo o Juizado do Torcedor, três pessoas foram autuadas por envolvimento em brigas nas arquibancadas. Mas, apenas uma delas permitiu realizar o cadastro de reconhecimento facial. Esse sistema foi implantado ontem. Nesse primeiro momento, a plataforma fará o reconhecimento facial de torcedores que se envolverem em alguma ocorrência apenas dentro do estádio.
O sistema já foi implantado no Fórum Lafayette, pelo Tribunal de Justiça de Minas (TJMG), há três anos, para monitoramento de cumprimento da pena de presos em regime aberto.
ROSTO CADASTRADO
Durante a partida, a Polícia Militar encaminhou três homens para a delegacia do estádio, onde os agentes responsáveis pela unidade analisaram a ficha de cada um deles. Segundo a coordenadora dos Juizados Especiais de Belo Horizonte (BH), juíza Flávia Birchal, ninguém é obrigado a realizar o cadastro de reconhecimento facial. Ainda de acordo com a juíza, dos três envolvidos só um autorizou passar pelo procedimento. A partir de agora, como penalidade, ele terá que ir ao fórum Lafayette nos dias e no horário de jogos do Atlético Mineiro, time que ele torce, comprovando, assim, que não estará em nenhum estádio de BH. O comprimento da pena é de no minímo três meses. Os outros dois homens que não fizeram o reconhecimento facial responderão judicialmente e a pena de cada um será determinada pelo órgão responsável.
Em uma partida da seleção brasileira, no mês passado, no Mineirão, 19 pessoas foram presas por se envolverem em brigas na arquibancada. Como esse dispositivo ainda não estava em vigor, os envolvidos não tiveram o rosto cadastrado, mas foram penalizados de outra forma.
O Juizado do Torcedor adotou esse sistema de reconhecimento facial no Mineirão e na Arena Independência e valerá para todos os jogos. A intenção, segundo os magistrados, é controlar a entrada de torcedores, que foram notificados por causa de brigas anteriores dentro dos estádios e evitar novas confusões.