Hotel mal-assombrado de 1930 vai a leilão por R$ 2,6 milhões em MG

Após mais de uma década abandonado, o antigo Hotel Colombo, em Araxá (MG), no Centro-oeste de Minas, será leiloado. Com lance inicial de R$ 2,665 milhões, o imóvel é famoso pelas personalidades que passaram por lá e pela fama de mal-assombrado. Inaugurado em 1929, o hotel já recebeu nomes como Getúlio Vargas e foi ponto de encontro da elite política nas décadas de 1930 e 1940.

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Sobre o Hotel Colombo

Apesar dos relatos de fantasmas — como o de uma mulher vestida de branco correndo pelo telhado —, o que mais incomoda os possíveis negociantes é o estado de deterioração do prédio. Tomado pelo mato e com sinais de vandalismo, o imóvel tombado pelo patrimônio estadual parou de funcionar 2012, e vive abandonado desde então.

A propriedade foi adquirida pela Prefeitura de Araxá em uma desapropriação no valor de R$ 2,6 milhões. No entanto, parte da quantia ainda não foi paga, e a Justiça determinou o ressarcimento corrigido à família Colombo, antiga proprietária. A proposta inicial era transformar o local em centro de estudos, plano que não foi para a frente. Desde então, o espaço passou por invasões, incêndio e furtos de peças históricas.

Mesmo com uma proposta de restauração estimada em R$ 12 milhões e apoio parcial de uma mineradora, a atual administração optou por colocar o hotel à venda. O comprador deverá manter a arquitetura original do complexo, que inclui piscina, capela e terrenos, e poderá parcelar o valor em até 30 vezes.

Prédio histórico e mal-assombrado

Além de seu valor histórico, o Hotel Colombo faz parte do circuito de turismo sobrenatural da cidade, que inclui aparições no vizinho Grande Hotel Termas de Araxá e lendas como a da Árvore dos Enforcados. Os relatos de vultos e fenômenos inexplicáveis, como o de um hóspede fantasma reconhecido décadas após sua morte, são contados até hoje.

Se não for arrematado, o antigo Hotel Colombo pode ser abandonado por completo. “A situação é crítica”, alerta a vereadora Fernanda Castelha, que lamenta o caso e defende a revitalização como alternativa para fortalecer o turismo local.