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Escola é condenada a pagar US$ 1 milhão por caso de bullying
Escola de Los Angeles deverá pagar US$ 1 milhão após negligenciar agressões sofridas por aluna de 13 anos
Um tribunal de apelações da Califórnia manteve, na sexta-feira (13), a decisão que condena o Distrito Escolar Unificado de El Segundo, no condado de Los Angeles, a pagar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) a uma ex-aluna vítima de bullying.
O caso aconteceu quando Eleri Irons tinha 13 anos e estudava na Escola de Ensino Fundamental El Segundo, entre novembro de 2017 e junho de 2018.
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A decisão confirma o veredito de 2022, que considerou o distrito escolar negligente por não proteger a estudante da campanha de agressões físicas, verbais e ameaças de morte que sofreu durante meses.
Distrito tentou recorrer, mas Justiça manteve decisão
O recurso do distrito escolar alegava que Eleri não havia comprovado danos físicos ou psicológicos e argumentava que, legalmente, os funcionários da escola não poderiam ser responsabilizados.
O tribunal rejeitou os argumentos e manteve a sentença. Segundo a defesa da jovem, o bullying constante levou Eleri a desenvolver Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), automutilação e episódios de isolamento na enfermaria da escola.
Escola minimizou o caso
De acordo com os autos, o bullying começou após o fim da amizade de Eleri com duas colegas, em razão de um triângulo amoroso. As adolescentes passaram a difamar a jovem, que era chamada de “mentirosa”, “prostituta” e “ladra de namorados”.
Além das agressões verbais, Eleri foi agredida fisicamente com um tapa e sofreu assédio também no ambiente virtual.
Apesar das denúncias feitas pelos pais, a direção da escola classificou o caso como “drama adolescente”, sem adotar medidas efetivas.