x

Mundo

Pessoas que “se identificam como ovelhas”? Entenda o vídeo que parou as redes sociais

Cena de um grupo seguindo um homem vestido de pastor viralizou e dividiu opiniões. Entenda o motivo da repercussão

Publicado

em

Imagens de um grupo andando curvado atrás de um homem chamaram atenção de internautas

Um vídeo que mostra um grupo de pessoas andando curvadas, como se fossem ovelhas, atrás de um homem vestido de pastor viralizou nas redes sociais nesta semana. As imagens, que geraram confusão e comentários indignados, não mostram uma situação real. Tudo indica que o conteúdo foi criado por Inteligência Artificial (IA).

Leia também:

O vídeo foi publicado originalmente no TikTok por um perfil identificado como @webdevil33, conhecido por produzir vídeos com humor e efeitos digitais. O criador tem mais de 77 mil seguidores e costuma mesclar imagens realistas com cenas absurdas, como um homem dirigindo uma moto com uma vaca na garupa e uma ovelha na cabeça.

@webdevil33 What is this world coming to? #funnypeople #funnytiktok #funnyvideos #funny #webdevil33 ♬ Jump Around (Radio Edit) – House Of Pain vs. Micky Slim

A gravação das “ovelhas humanas” foi publicada com a legenda “What is this world coming to?” (Onde é que o mundo vai parar?, traduzindo para o português). Desde então, já acumulou milhares de visualizações e centenas de comentários. Apesar do tom humorístico, o vídeo acabou confundindo usuários que acreditaram tratar-se de um grupo real.

Movimento “Therian”: o que é e de onde vem

Após a viralização, muitos internautas associaram o vídeo a pessoas “transespécies”, aquelas que afirmam se identificar com animais. Esse tipo de crença está ligado ao movimento Therian, também conhecido como Otherkin, que tem ganhado visibilidade em fóruns e comunidades on-line.

Os Thérians acreditam ter uma identidade animal, seja espiritual, simbólica ou psicológica. Para eles, essa conexão vai além de um simples comportamento: é parte essencial de quem são.

Em artigo publicado pelo Hospital Santa Mônica, a psiquiatra Carla Mendes explica que não existe diagnóstico médico específico para o fenômeno. “Em muitos casos, não é doença. Mas pode indicar sofrimento psicológico, fuga da realidade ou trauma, especialmente quando o comportamento causa prejuízos à vida social, escolar ou profissional”, afirma.