Negócios
Startup produz petiscos de larvas para cães
Empresa aposta na mosca soldado-negro como fonte de proteína sustentável para o mercado pet
Uma empresa de Cachoeiras de Macacu, no interior do Rio de Janeiro, iniciou a produção de petiscos feitos com larvas da mosca soldado-negro. O produto, voltado para o mercado pet, busca oferecer uma alternativa sustentável e nutritiva à proteína animal tradicional.
O processo envolve a criação das moscas, coleta dos ovos e desenvolvimento das larvas até o estágio ideal para o processamento. Em cerca de 15 dias, o material é transformado em petiscos ricos em proteína e de alta digestibilidade, segundo os responsáveis pela operação.
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Mercado em crescimento e resistência do público
Com menos de um ano de funcionamento, a empresa já fatura cerca de R$ 18 mil por mês e projeta alcançar R$ 4,5 milhões anuais. O investimento inicial foi de R$ 480 mil. Apesar do avanço, o principal desafio é vencer a resistência de tutores, ainda pouco familiarizados com o uso de insetos na alimentação animal.
Para ampliar a aceitação, o grupo investe em divulgação digital, parcerias com veterinários e distribuição de amostras. Segundo os empreendedores, o produto tem 45% de proteína bruta e é indicado inclusive para cães com restrições alimentares.
Sustentabilidade e novos rumos
A proposta da startup se apoia na sustentabilidade do processo. As larvas crescem em resíduos orgânicos e consomem menos recursos naturais do que outras fontes de proteína. O modelo já é adotado em países da Europa, da África e da Ásia.
Os fundadores planejam, no futuro, expandir a tecnologia para o consumo humano, seguindo exemplos de países em que o uso de insetos já faz parte da dieta.