Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil pela morte de uma criança de 5 anos em um ritual espiritual na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro.
A mãe, a tia, o avô e a avó da criança foram indiciados por homicídio doloso. Além deles, um líder espiritual e o auxiliar que participou do ritual também vão ser julgados.
A Polícia Civil também solicitou que as prisões fossem convertidas de temporárias para preventivas. O pedido foi aprovado para todos, menos o avô da vítima e o auxiliar do líder espiritual, que estão em liberdade provisória.
No dia 23 de março deste ano, Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, morreu queimada durante um ritual religioso em uma casa em Frutal. O líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, depois, ateado fogo com uma vela. A menina chegou a ser socorrida mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Ela teve 100% do seu corpo queimado.
Inicialmente, os suspeitos apresentaram uma versão de que a criança havia sido queimada após brincar com álcool próximo de uma churrasqueira. As investigações avançaram e mostraram indícios de envolvimento com um ritual para invocação de espíritos.
No dia 20 de abril, a mãe, a avó, o avô, uma tia e o líder espiritual foram presos.
No último dia 16, os envolvidos no criem participaram de uma reconstituição da morte da criança.
Segundo o delegado Murilo Antonini, responsável pela investigação, a investigação está em fase final e, assim que for concluída, as diligências serão encaminhadas para a Justiça.