Paulo Henrique Mariano Cordeiro, 35, responde por pelo menos cinco ocorrências registradas entre 2007 e 2024
Paulo Henrique Mariano Cordeiro, 35, autor das ofensas homofóbicas registradas por um casal de mulheres em um supermercado de BH, tem um histórico de agressões documentado pela polícia.
De 2007 a 2024, ele foi alvo de pelo menos cinco registros de ocorrência em Minas Gerais, envolvendo desde violência familiar até agressões em espaços LGBTQIA+.
O caso mais recente aconteceu no bairro Nova Suíssa, na região Oeste da capital mineira, e ganhou repercussão após as vítimas gravarem parte dos insultos.
O homem e sua companheira teriam abordado um casal de mulheres, acompanhado de uma criança em processo de adoção, e ironizado o fato de serem “duas mães”.
Em 2009, aos 19 anos, Cordeiro foi conduzido a uma delegacia por agredir um jovem de 22 anos dentro de uma sauna gay no centro de Belo Horizonte.
A vítima relatou à Polícia Militar que dois homens se aproximaram para conversar e iniciaram as agressões. Segundo o boletim de ocorrência, ele foi segurado pelo pescoço e atingido por socos no rosto.
Na época, Cordeiro assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado após se comprometer a comparecer ao Juizado Especial Criminal.
Um ano depois, em 2010, ele foi citado em uma ocorrência registrada por um porteiro do Edifício Araguaia, também no centro de Belo Horizonte.
De acordo com o boletim, Paulo Henrique quebrou o vidro do balcão da recepção após discutir com outro homem. Quando a polícia chegou ao local, os envolvidos já haviam saído. O motivo da briga não foi registrado.
Em 2020, Cordeiro voltou a ser citado em boletim após uma briga com um parente no bairro João Pinheiro, região Noroeste da capital. Segundo o registro policial, ele se recusou a ajudar a carregar compras, o que gerou uma discussão seguida de agressões.
Os dois foram separados por familiares e, posteriormente, dispensaram providências. A Polícia Civil informou que ninguém foi conduzido à delegacia.
O primeiro registro de violência data de 2007, quando ele ainda era menor de idade. De acordo com a ocorrência, ele agrediu a própria tia após uma discussão sobre a bicicleta dele, que ela não queria dentro de casa. Ele teria dito à polícia que “perdeu a paciência e passou a agredir a vítima”.
A Polícia Civil informou que o caso foi tratado como contravenção penal e dependia de representação da vítima para que houvesse continuidade.
O episódio do último domingo está sob análise da Polícia Civil, que apura o caso como crime de homofobia. A gravação feita pelas vítimas foi anexada ao boletim de ocorrência.
A presença da criança durante a discussão também será considerada, já que pode configurar exposição de menor a situação vexatória.