Polícia
Mineração ilegal em MG: veja fotos da casa de empresário alvo de operação
Alan Cavalcante do Nascimento é apontado como chefe da organização criminosa, segundo a PF
A Polícia Federal (PF) realizou nessa quarta-feira (17) a Operação Rejeito, que investiga um esquema bilionário de fraudes em licenciamento ambiental, corrupção e mineração ilegal em áreas de preservação de Minas Gerais. Foram cumpridos 22 mandados de prisão e 79 de busca e apreensão. Entre os investigados está o empresário Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe da organização criminosa.
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Esquema bilionário e bloqueio de bens
De acordo com a investigação, a quadrilha obteve lucros bilionários com a extração irregular, burlando a fiscalização ambiental por meio de documentos falsos e suborno a servidores públicos. A Justiça determinou o afastamento de funcionários suspeitos, além do bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 1,5 bilhão e a suspensão de empresas ligadas ao grupo.
Durante as diligências, agentes federais estiveram em uma residência de Alan Cavalcante localizada em um condomínio de alto padrão em Maceió (AL). O imóvel possui lago artificial, piscinas, espelho d’água com carpas e veículos de luxo, segundo imagens divulgadas pela PF.
Quem são os investigados na Operação Rejeito
A investigação atinge empresários, dirigentes de órgãos ambientais e até um delegado da Polícia Federal. Entre os principais nomes estão:
- Alan Cavalcante do Nascimento – empresário e líder da organização criminosa.
- Caio Mario Seabra – diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM) desde 2020, advogado especialista em direito ambiental.
- João Alberto Paixão Lages – sócio de Alan; ex-secretário nacional de Produção e Agroenergia (2013-2014) e ex-suplente na Assembleia Legislativa de MG.
- Rodrigo de Melo Teixeira – delegado da PF-MG; suspeito de envolvimento em empresa do esquema; já ocupou cargos na segurança pública estadual e municipal.
- Breno Esteves Lasmar – diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
- Fernando Benício de Oliveira Paula – conselheiro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
- Fernando Baliani da Silva – diretor da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
- Helder Adriano de Freitas – sócio de Alan e articulador do contato com servidores para manipular licenças ambientais.
Serra do Curral entre as áreas atingidas
As apurações revelaram que a Serra do Curral, patrimônio natural tombado de Belo Horizonte, foi uma das regiões exploradas ilegalmente pelo grupo.
Documentos obtidos indicam que empresas ligadas à quadrilha não tinham autorização ambiental para atuar na área e chegaram a simular obras de terraplenagem para encobrir a mineração dentro da unidade de conservação.