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Saúde

Aposentada perde parte do polegar após fazer as unhas

Marise Teixeira passou por quatro cirurgias e ainda enfrenta limitações na mão

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Caso em Goiânia acende alerta sobre cuidados com instrumentos de salão

A aposentada Marise Teixeira de Araújo Amorim, 66, desenvolveu uma infecção grave no polegar direito após fazer as unhas em um salão de beleza em Goiânia, em fevereiro. 

O caso ocorreu quando se preparava para viajar a um casamento em São Paulo.



Marise contou que não tinha o hábito de fazer as unhas e pediu à manicure que não retirasse as cutículas. Durante o lixamento, no entanto, um ferimento foi provocado embaixo da unha. 

No mesmo dia, já no aeroporto, sentiu dor e latejamento no dedo e nas unhas. Durante a madrugada, o incômodo se intensificou e ela chegou a desmaiar.

Cirurgias e risco de perder o dedo

Levada ao hospital pelo filho em São Paulo, Marise recebeu antibióticos e analgésicos, mas voltou à unidade horas depois com dor e inchaço. 

Retornando a Goiânia, procurou atendimento especializado e passou por cirurgia de emergência para conter a infecção.

O ortopedista Frederico Faleiro, especialista em cirurgia de mão e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, realizou o primeiro debridamento para remover tecido necrosado. 

No dia seguinte, foi necessário um novo procedimento, com coleta de amostras que confirmaram uma infecção bacteriana.

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Apesar do tratamento, a ponta do polegar necrosou. Faleiro fez uma terceira cirurgia para reconstruir o dedo usando pele do pé da paciente, técnica que envolveu ligação de nervos e vasos para preservar apoio e função da unha.

Recuperação e limitações

Atualmente sem infecção ativa, Marise enfrenta dificuldades nas tarefas do dia a dia, principalmente porque a lesão foi na mão dominante. 

Ela relata sensibilidade na pele e limitações para movimentos de pinça, essenciais para segurar pequenos objetos.