Saúde
Estudo aponta que atividade sexual regular ajuda no humor
Pesquisadores identificam que sexo semanal pode atuar como fator protetor contra depressão
Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de Shenzhen e Shantou, na China, aponta que manter uma vida sexual ativa pode estar associado à diminuição de sintomas depressivos.
A pesquisa, publicada no Journal of Affective Disorders, analisou dados de jovens adultos nos Estados Unidos e identificou que relações sexuais uma ou duas vezes por semana podem ter efeito protetor sobre o bem-estar mental.
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Relação entre frequência e saúde emocional
Os pesquisadores avaliaram 15.794 pessoas, entre 20 e 59 anos, cruzando informações sobre frequência sexual e histórico de depressão.
Os resultados mostraram que a atividade sexual regular se relaciona com melhor regulação emocional e menor risco de desenvolver o transtorno. Segundo os autores, o comportamento sexual pode funcionar como um marcador da saúde biopsicossocial, já que envolve fatores físicos, psicológicos e afetivos.
Efeitos químicos e vínculos afetivos
Durante o sexo, o organismo libera neurotransmissores como ocitocina, dopamina e serotonina — substâncias que atuam diretamente sobre o humor e as emoções.
Essa resposta biológica, somada à sensação de intimidade e vínculo entre parceiros, contribui para a redução do estresse e o aumento da sensação de bem-estar.
Especialistas em saúde mental e sexualidade ressaltam que não existe uma frequência ideal de relações sexuais válida para todas as pessoas. O benefício está mais ligado à satisfação, ao contexto afetivo e ao desejo compartilhado do que ao número de encontros semanais.