Polícia
De volta à cadeia: Justiça determina prisão de suspeito de matar recepcionista de academia
Homem conhecido como Magrin, de 26 anos, ganhou a liberdade depois de Polícia Civil “por não haver elementos técnico-jurídicos que fundamentassem a ratificação da prisão em flagrante”
Está preso novamente o suspeito de ser o autor do tiro que matou a recepcionista Nerussa Roussos Machado dos Santos, de 38 anos. Samuel Dener da Silva, de 26 anos e que é conhecido como Magrin, ganhou a liberdade na manhã de quarta (26) após o delegado que analisou a prisão entender que não havia elementos suficientes para manter Magrin atrás das grades.
Decisão da justiça
A reviravolta aconteceu durante a noite desta quarta (27), quando o juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem, Wagner Cavalieri, emitiu um mandado de prisão revogando a liberdade condicional concedida a Samuel. O suspeito de 26 anos cumpre pena por crimes de tráfico de drogas e roubo. De acordo com a decisão do juiz Wagner Cavalieri, Samuel “deixou de manter comportamento irrepreensível” e também não mais “ se absteve de comportamentos indevidos e retornou às práticas delituosas”.
Samuel voltou a ser preso por policiais militares do Tático Móvel do 39º Batalhão em casa, no bairro Santa Terezinha em Contagem, na Grande BH. De acordo com a PM, Magrin não resistiu a prisão. Na primeira vez em que foi preso, Samuel negou a participação no crime, mas admitiu que passou na frente da academia onde Nerussa trabalhava na noite do crime e que usou o próprio aparelho celular para consultar sobre um latrocínio em Contagem no sábado (23).
Ao ser perguntado pelos militares porque fez as consultas, o criminoso disse que “soube de tudo e que ficou com dó do que fizeram com a mulher”.
Primeira prisão
Samuel e outro homem, conhecido como Dadinho já haviam sido presos na noite de terça (25) pela Polícia Militar. Durante as diligências, o homem que estava conversando com Nerussa no momento do crime reconheceu Samuel. Já Dadinho é apontado pela PM como a pessoa que pilotava a moto usada pela dupla no momento do latrocínio.
Os dois suspeitos ganharam a liberdade no fim da manhã de quarta (26). Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a ocorrência foi recebida por meio da Central Estadual do Plantão Digita e que delegado plantonista liberou a dupla “por não haver elementos técnico-jurídicos que fundamentassem a ratificação da prisão em flagrante”.
Revolta e alívio
Nialla Roussos Machado, irmã de Nerussa, mostrou revolta após saber que Samuel havia sido liberado pela polícia depois de ser preso pela primeira vez. Por meio de uma mensagem de Whatsapp ela disse. “O sentimento é de revolta pois soltaram o cara. O amigo da minha irmã foi testemunha ocular. A palavra do assassino vale mais que a da testemunha. Revolta, indignação: essas são as palavras”, desabafou a familiar.
Já no fim da noite, ao ser informada que Samuel voltou para a cadeia após uma decisão da Justiça, a irmã de Nerussa demonstrou alívio com a decisão. “Graças a Deus ele está preso. O rapaz que estava com minha irmã foi testemunha ocular, fez o reconhecimento e mesmo assim soltaram o assassino. A prisão dele não vai trazer minha irmã de volta, mas esse covarde tem que pagar pelo que ele fez!”, afirmou.