Cidades
‘Falsa couve’: mulher internada tem lesão cerebral confirmada em MG
Quatro pessoas da mesma família foram internadas após ingerirem planta tóxica acreditando ser folha de couve, em MG
A mulher de 37 anos que estava internada em estado grave após consumir uma planta extremamente perigosa, acreditando ser folha de couve, teve lesão cerebral grave confirmada e possíveis sequelas. Ela está hospitalizada desde a última quarta-feira (8), em Patrocínio, no Alto Paranaíba (MG), e passou por exames.
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Outro paciente, um homem de 60 anos, também permanece internado em estado grave. A equipe médica informou que ele segue em coma induzido, utilizando aparelhos para respirar, e a sedação ainda não pôde ser suspensa.
O terceiro paciente, um idoso de 64 anos, apresentou melhoras significativas. Ele foi extubado no sábado (11) e seu quadro clínico é considerado estável, com expectativa de receber alta nos próximos dias. Uma quarta vítima, de 67 anos, teve sintomas mais amenos e já havia recebido alta hospitalar na tarde de quinta-feira (9).
A informação foi confirmada após boletim médico divulgado nesse domingo (12) e confirmada pela Secretária de Saúde de Patrocínio, Luciana Rocha, no Alto Paranaíba (MG).
O caso
As quatro pessoas deram entrada na Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio na quarta-feira (8), após passarem mal em uma confraternização na área rural da cidade. Os sintomas manifestados incluíram mal-estar geral, dificuldades respiratórias, dormência nas pernas, visão comprometida e fraqueza muscular.
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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) identificou a planta ingerida como o “Fumo Bravo”, um vegetal que é extremamente tóxico e inadequado para o consumo. De acordo com os bombeiros, ao menos quatro pessoas da mesma família teriam ingerido a planta acreditando ser couve.
A Polícia Militar localizou o vegetal suspeito próximo à cozinha da residência, corroborando a hipótese de que a intoxicação ocorreu de forma acidental, devido a um erro na identificação durante o preparo do almoço.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu um inquérito para investigar o caso, baseado nos levantamentos preliminares que indicam a possibilidade de envenenamento não intencional. O material colhido no local foi encaminhado à Perícia Técnica para confirmar a espécie e analisar as substâncias tóxicas envolvidas.