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Obra no antigo aeroporto Carlos Prates começará, mas família vai à Justiça

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Terreno onde funcionava o Aeroporto Carlos Prate pode ter sido doado por família de Minas Gerais
Terreno onde funcionava o Aeroporto Carlos Prate pode ter sido doado por família de Minas Gerais

O local onde ficava o Aeroporto Carlos Prate, desativado no dia 1º de abril pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, será reformado em breve. O Prefeito Fuad Noman (PSD) anunciou em entrevista à TV Globo que as obras começarão em até 40 dias, mas uma família busca provar ser “dona” do terreno.

Com a repercussão sobre o futuro do terreno – de 547 mil metros quadrados -, que pode dar lugar à casas populares, quadras poliesportivas e escolas, um advogado passou a fazer buscas nos cartórios de Belo Horizonte. Segundo Rodrigo Teixeira Cavalcanti de Albuquerque, seu avô, Neto de Alberto de Sá Cavalcanti de Albuquerque, teria doado a propriedade apenas para a finalidade que teve até o mês passado.

A desativação ocorreu após um histórico grande de acidentes no local. De acordo com o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos), foram 39. O último aconteceu no dia 11 de abril, quando um helicóptero caiu atingindo duas casas do bairro Jardim Montanhês. O piloto morreu e sua filha ficou gravemente ferida.

O prefeito Fuad Noman escreveu na noite do mesmo dia que iria reiterar o pedido ao Governo Federal para que a área onde funcionava o Aeroporto Carlos Prate fosse repassada para a prefeitura de Belo Horizonte.

“Lamento mais um acidente envolvendo o aeroporto Carlos Prates e, outra vez, com uma vítima fatal, além de casas atingidas. Na próxima terça-feira estarei em Brasília para uma série de compromissos e irei reiterar nosso pedido para que o Governo Federal repasse a área para o município.

Não podemos mais permitir que acidentes assim aconteçam . Por isso, sigo com a minha proposta de utilizar a área do aeroporto para construção de moradias, parques, escolas, centro de saúde e toda a infraestrutura urbana necessária para a população. Finalizo solidarizando-me com a família das vítimas”, escreveu ele nas redes sociais.

No entanto, a família Cavalcanti de Albuquerque busca provar que o terreno foi doado apenas para que o Aeroporto funcionasse no local. Um despachante foi contratado, a fim de encontrar o documento necessário. A expectativa de Rodrigo Cavalcanti é que os registros sejam encontrados ainda nesta semana.