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Presidente estrangeiro ofereceu fuga e abrigo a ministros do STF

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Reprodução - STF

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, entrou em contato com alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, oferecendo ajuda e abrigo em meio à crise política que assolava o país em 8 de janeiro do ano passado. A oferta incluía transporte em aviões da TAP e acomodação em embaixadas e consulados portugueses.

No entanto, os ministros agradeceram a oferta, mas recusaram os serviços portugueses, avaliando que a situação já estava sob controle. No dia 8 de janeiro de 2023, policiais militares começaram a evacuar os prédios públicos invadidos e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem o apoio das Forças Armadas, o movimento perdeu força.

Enquanto Sousa oferecia ajuda aos membros da Corte, as pessoas que haviam iniciado uma marcha em direção à Esplanada dos Ministérios já haviam sido detidas ou retornavam ao Quartel-General do Exército.

No entanto, as imagens da invasão e depredação do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional ainda dominavam as notícias, levantando preocupações sobre uma tentativa de golpe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos primeiros líderes mundiais a manifestar apoio público ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O governo português condenou as ações de violência e desordem ocorridas em Brasília e reiterou seu apoio às autoridades brasileiras na manutenção da ordem e legalidade.

Planos para matar Alexandre de Morais

As investigações da Polícia Federal revelaram planos para prender e matar o ministro Alexandre de Moraes. O ministro contou, em entrevista ao jornal O Globo, que a PF descobriu três possíveis destinos para ele em caso de um golpe de Estado bem-sucedido: prisão em Goiânia, homicídio no caminho para Goiânia ou enforcamento na Praça dos Três Poderes.

No dia 8 de janeiro, cerca de 4.000 pessoas, a maioria vestindo camisetas verde e amarelo, marcharam em direção à Esplanada dos Ministérios. A multidão chegou ao Congresso Nacional lançando fogos de artifício e bombas caseiras contra os prédios públicos e os poucos policiais presentes.

Os atos duraram cerca de quatro horas e resultaram na destruição de objetos do STF a cada oito segundos. Os invasores picharam as janelas do Supremo e causaram danos significativos aos prédios. Houve agressões contra policiais e relatos de tentativas de linchamento.

Em resposta aos ataques, o STF afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e prendeu o comandante da PM do DF e o secretário de Segurança Pública. A PF também realizou operações para investigar os atos do dia 8 de janeiro.

Até o momento, o STF condenou 30 pessoas pelos ataques, com penas que variam de três a 17 anos de prisão. Há ainda 66 pessoas presas relacionadas aos eventos do dia 8 de janeiro.

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