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Como o mundo, a bola não para de girar

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(crédito: Miguel Medina/AFP e Juan Mabromata/AFP)

Duas das competições de seleções mais importantes do mundo terminaram no último domingo, com a Espanha se sagrando campeã da Eurocopa e a Argentina ganhando o bi da Copa América. Ambas as disputas propiciaram belas jogadas, lances improváveis, golaços e muita emoção para os torcedores.

Mas também foi possível ver o quanto o tempo passa rápido. Se há uma nova geração de craques aflorando, representados por jogadores como o brasileiro Endrick e o espanhol Lamine Yamal, que durante esta semana terão os mesmos 17 anos, também estamos nos despedindo de alguns ícones do esporte bretão, casos dos argentinos Lionel Messi, de 37, e Angel Di Maria, de 36; do uruguaio Luisito Suarez, de 37; do português Cristiano Ronaldo, de 39; do alemão Toni Kroos, de 34; do croata Luka Modric, de 38; e do polonês Robert Lewandowski, de 35, dentre outros.

Enquanto Di Maria e Toni Kroos vão se retirar dos gramados, os demais seguirão jogando, ainda que bem longe da melhor forma. O tempo é inexorável. Seguirão craques, mas sem o vigor físico de outrora. O cérebro emite o comando, mas o corpo não obedece. Ou executa a ordem de forma bem mais lenta que antes. Faz parte.

Tive o prazer de ver pessoalmente quase todos os citados ao menos uma vez, o que ajuda a amenizar o sofrimento do fã de futebol e do jornalista com a aposentadoria deles. Também tenho consciência que antes tivemos outros gênios, sendo que alguns – como Adriano, Alex, Bebeto, Reinaldo, Renato Gaúcho, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Zico – eu também vi no estádio. Sem contar os que jogaram quando eu era criança ou nem era nascido, mas li a respeito e busquei informações com quem viu, além de ter buscado os poucos vídeos disponíveis.

Não me considero um saudosista. Sei que as gerações se sucedem, que este é o caminho natural, mas às vezes me pego pensando em como seria ter alguns jogadores do passado atuando hoje. E também jogadores de hoje dividindo os gramados com craques que atuaram em décadas passadas. Devaneios que fazem bem para a mente.

Que o novo venha, mas sem que nos esqueçamos de quem nos trouxe até aqui. Temos de reverenciar o passado, aproveitar o presente e nos preparar para o futuro, pois ele já está aí.

ESPERANÇA RENOVADA

Por falar em futuro, atleticanos e cruzeirenses estão unidos quando o assunto é a expectativa pela sequência da temporada 2024. O otimismo tomou conta dos dois lados da maior rivalidade de Minas e tomara que ambos tenham suas aspirações correspondidas.

No caso do Atlético, o pesadelo representado pelo mês de junho começou a ficar para trás com a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, na Arena MRV. Na referida partida, o técnico Gabriel Milito contou não só com a volta de Guilherme Arana da Seleção Brasileira, mas também de jogadores que vinham com problemas físicos, casos do lateral-direito Saravia e do volante Otávio.

Já no Cruzeiro, o bom trabalho que vem sendo feito pela comissão técnica comandada por Fernando Seabra está propiciando um desempenho acima do esperado pela maioria. A boa organização da equipe permite que as qualidades individuais aflorem, como vem ocorrendo com o zagueiro João Marcelo, com o armador Matheus Pereira e com o atacante Arthur Gomes.

Com os reforços podendo atuar, a tendência é mesmo de haver crescimento em campo tanto de Galo quanto de Raposa. Se será possível brigar por títulos até o fim, só o tempo dirá. Mas por enquanto, os torcedores têm mais é de curtir o momento.