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Presidente da CBF fala sobre paralisar brasileira; veja quais times apoiam

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Presidente da CBF diz não concordar com paralisação dos jogos
Lucas Figueiredo/CBF

Na noite desta segunda-feira (13), os clubes que compõem a Liga Forte União divulgaram um comunicado defendendo a paralisação imediata do Campeonato Brasileiro, em decorrência das trágicas enchentes no Rio Grande do Sul.

Em suas redes sociais, a Liga declarou: “Nesta segunda-feira, todos os clubes da Liga Forte União na Série A se posicionaram perante o ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol. De forma unânime e em bloco, todos são a favor da paralisação imediata do Campeonato Brasileiro até a data de 31 de maio de 2024. A paralisação se faz necessária como medida humanitária, consensual e de justiça de competição”

Os clubes integrantes da Liga Forte União são: Athletico, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco.

O Ministério do Esporte também solicitou à CBF a paralisação da competição por tempo indeterminado. Uma reunião extraordinária do Conselho Técnico da Série A está agendada para o dia 27 de maio para discutir o assunto.

Porém, há divergências entre os clubes. Grêmio, Internacional e Juventude enviaram um ofício à CBF pedindo a paralisação por até três rodadas, enquanto Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras defendem a continuidade da Série A.

Presidente da CBF alerta clubes

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em entrevista ao portal “ge”, expressou preocupação com os impactos no calendário e na economia do futebol brasileiro, mas afirmou que respeitará a decisão dos clubes. Ele também negou qualquer imunidade esportiva aos clubes afetados pela tragédia no Rio Grande do Sul, enfatizando a interdependência e os princípios da competição esportiva.

“Primeiro, reitero sempre a nossa solidariedade a todo o povo do Rio Grande do Sul, por tudo o que está passando. Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes.” afirmou Ednaldo Rodrigues.

Ednaldo Rodrigues também aborda as potenciais repercussões na economia do futebol e nas pessoas que poderiam ser prejudicadas pela paralisação. Além disso, o presidente da CBF rejeitou a ideia de conceder imunidade esportiva aos clubes afetados pela tragédia.

“Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: “Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda”. Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota. Com essa cota dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol.”

“Essa teoria (de imunidade esportiva aos clubes do Sul) eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer “não vai ser rebaixado” se puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade.”