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Caso Bárbara Victória: compartilhamento de fotos da menina morta revolta família

Segundo advogada, dois registros do corpo da menina de 10 anos circulam nas redes sociais e em aplicativos de mensagem instantânea. “Não compartilhe”, pede ela.

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Assassinato de Bárbara Victória, de 10 anos, gerou grande comoção | Foto: Arquivo Pessoal

Familiares da menina Bárbara Victória, de 10 anos, estão revoltados com o compartilhamento de fotos do corpo da menina, encontrada morta no início desta semana em uma área de mata próximo a um campo de futebol em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso gerou ampla repercussão e comoção.

A advogada da família, Aline Fernandez, transmitiu a revolta. “Não compartilhem fotos da Bárbara morta. É o mínimo de decência e compaixão com uma família que acabou de perder uma filha de 10 anos e está em extrema vulnerabilidade”, afirmou.

A advogada afirmou ter sido informada sobre a circulação das fotos da menina morta por Rogério, pai da Bárbara. “Estão compartilhando fotos em dois momentos. O primeiro quando o corpo foi encontrado no campo. O segundo quando o corpo estava sendo velado”, disse.

“É um absurdo uma pessoa ter a capacidade e a falta de bom senso em fotografar um corpo no estado em que o corpinho da Bárbara foi encontrado. É absurdo precisar trazer para pessoas adultas a reflexão de que essa prática é extremamente violadora”, destacou.

A advogada frisou, ainda, que o compartilhamento de fotos de pessoas mortas pode ser considerado crime por vilipêndio de cadáver, estabelecido no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de detenção de um a três anos, além de multa.

Desaparecimento e assassinato

Bárbara deixou sua casa na tarde do último domingo (31) para comprar pães em uma padaria e não retornou mais. Câmeras de segurança registram o trajeto feito pela menina, encontrada morta nessa terça em uma área de mata próximo a um campo de futebol no bairro Pedra Branca.

O corpo dela estava com sinais de violência e enforcamento. A garota vestia uma camisa do Atlético, a mesma que usava quando desapareceu, mas estava sem as roupas de baixo. Conforme o relatório médico do Instituto Médico Legal (IML), asfixia foi a causa da morte.

A menina morava com a mãe, Luciene, o pai, Rogério, um irmão mais novo de 1 ano, uma irmã de 3 e um mais velho, de 15 anos. Segundo vizinhos, era ela quem ajudava a mãe a tomar conta dos mais novos.

O principal suspeito do crime foi encontrado morto nessa quarta-feira (3). Conforme a Polícia Civil, há indícios de suicídio. Antes da morte, foram colhidas amostras de DNA que vão investigar se, de fato, ele está envolvido no assassinato.

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