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Após ‘morrer por oito minutos’, mulher volta a vida e se torna guia

Após ser declarada morta e reviver, americana abandona medo da morte, vira guia espiritual e defende consciência após morte

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Mulher sorri em meio a um jardim florido com arbustos de lilases e flores brancas, em um ambiente ao ar livre cercado por vegetação verde.
Mulher foi declarada clinicamente morta por oito minutos (Foto: reprodução/Instagram)

A americana Brianna Lafferty, hoje com 33 anos, viu sua vida mudar após uma parada cardíaca que durou oito minutos. Diagnosticada com distonia mioclônica, uma desordem neurológica rara, ela foi declarada clinicamente morta em um hospital no Texas. Os médicos conseguiram reanimá-la, mas a experiência, segundo ela, redefiniu tudo o que entendia por vida, morte e existência.

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Na época, com 25 anos, Brianna relata ter ouvido uma pergunta: “Você está pronta?”, antes de mergulhar em escuridão total. Em seguida, diz ter se visto fora do próprio corpo, consciente, mas sem conexão com sua identidade física. “Eu não sentia dor. Me sentia mais viva do que nunca, lúcida, em paz. Tudo parecia fazer sentido ali. Não havia tempo, mas tudo acontecia com uma ordem precisa”, contou ao tabloide britânico Daily Star.

Ela afirma ter tido a sensação de flutuar e encontrar “seres familiares”, embora não consiga descrever se eram humanos. Também diz ter compreendido o universo como uma “estrutura de números” e recebido uma espécie de missão. “O que eu temia perdeu importância. O que eu buscava deixou de fazer sentido. Voltei com reverência pela vida e pela morte.”

De volta à realidade clínica, Brianna enfrentou uma dura reabilitação. Teve de reaprender a falar e andar, passou por uma cirurgia experimental na glândula pituitária e ainda lida com sequelas. Apesar disso, diz ter desenvolvido uma nova compreensão da morte: “A consciência não desaparece, apenas se transforma”.

Motivada pela experiência, Brianna se tornou doula de morte ou, como prefere, “guia de transição”. Hoje, ela oferece apoio emocional e espiritual a pessoas em fase terminal e a seus familiares. “Minha função é ajudar no momento mais difícil da vida, com clareza e presença. Não suavizo a realidade, encaro de frente o fim, e ajudo outros a fazerem o mesmo.”

Ela ainda teme viver outra experiência de quase morte, mas afirma que o medo não a controla mais. “Entendo que tudo o que me aconteceu tem um motivo. Hoje, sigo o fluxo e confio até nos momentos mais difíceis.”